Brasileiros subestimam consequências graves da diabetes, diz pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/09/2016 às 13:16
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Estima-se que 13 milhões de pessoas tenham diabetes no Brasil, o que representa 6,9% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (Foto: Free Images) Estima-se que 13 milhões de pessoas tenham diabetes no Brasil, o que representa 6,9% da população, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (Foto: Free Images)

Até 40% dos indivíduos com diabetes desenvolvem problemas nos rins, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Essa situação, em casos extremos, pode exigir tratamentos complexos, como diálise e transplante. Quem convive também com a doença apresenta um risco de duas a quatro vezes maior de morrer devido a uma doença cardiovascular, como infarto e acidente vascular cerebral, de acordo também com a SBD, que decidiu avaliar, através da pesquisa Diabetes sem Complicações, o grau de conhecimento da população sobre as consequências da doença.

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Os resultados da pesquisa demonstraram que as alterações cardiovasculares e renais, embora sejam potencialmente fatais, não estão entre as principais preocupações dos entrevistados. Menos da metade dos entrevistados (42%) citou as doenças cardíacas como as consequências mais relevantes e, mesmo entre as pessoas com diabetes, elas só foram mencionadas por 56%.

O comprometimento dos rins também não está entre os temores mais frequentes. Ele foi destacado por 55% dos participantes e 72% das pessoas com diabetes. Quando questionados sobre o maior medo em relação ao diabetes, apenas 6% pontuaram “ter alguma doença renal”; 3% alegam “ter alguma doença cardíaca” e 21% dizem ter medo de “morrer”. A maioria teme a amputação de algum membro (32%) e ficar cego (32%).

Além disso, mais de 1/4 dos entrevistados (28%) acreditam que o diabetes é uma doença exclusivamente de idosos, o que revela desconhecimento sobre o fato de que ela pode acometer, inclusive, crianças e jovens.

A pesquisa foi feita pela SBD em parceria com o Ibope Inteligência e com apoio das farmacêuticas Boehringer Ingelheim e Eli Lilly. O levantamento contou com a participação de 600 internautas, sendo 145 pacientes com diabetes, de cidades como São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Belo Horizonte (MG) e Fortaleza (CE).