No Brasil, 66% dos reumatologistas ouvidos dizem que os pacientes nem sempre são sinceros sobre seu estado de saúde (Foto: Free Images)
Durante qualquer tratamento, é importante que médicos e pacientes estabeleçam uma relação de confiança, especialmente quando a terapêutica se volta para doenças crônicas, que precisam de acompanhamento por toda a vida. Para saber como é essa comunicação durante o tratamento da artrite reumatoide, o Instituto Nielsen, a pedido da Pfizer, desenvolveu uma pesquisa com 1736 reumatologistas e com 3.987 adultos que convivem com a doença em estágio de moderado a grave e que vivem em 15 países. No Brasil, 72% dos pacientes dizem que não se sentem confortáveis para discutir preocupações e receios com seus médicos, percentual maior do que a média geral dos países, que é 61%.
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Além disso, 37% dos brasileiros acreditam que, se fizerem muitas perguntas, serão vistos como pacientes difíceis pelo médico. Por outro lado, 66% dos reumatologistas ouvidos dizem que os pacientes nem sempre são sinceros sobre seu estado de saúde, pois alegam que estão bem o suficiente, embora as avaliações clínicas demonstrem que a doença está em plena atividade.
O cruzamento entre pontos de vista de médicos e pacientes também evidencia o descompasso entre as percepções nas questões relacionadas ao tratamento. Assim, se 89% do total de médicos ouvidos acreditam que a peça-chave para o sucesso do tratamento é o engajamento dos pacientes no plano de controle da artrite reumatoide, apenas 47% das pessoas que convivem com a doença dizem ter participado desse tipo de planejamento.
"Nem sempre fica claro para o paciente quando o médico traça os objetivos do tratamento ou detalha o plano de gerenciamento da doença. Muitos pacientes não estão conscientes desse processo por causa da própria linguagem técnica e das terminologias que muitas vezes são usadas nessas conversas", afirma o diretor médico da Pfizer Brasil, Eurico Correia.
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Os dados que detalham os pontos de vista de médicos e pacientes sobre os diversos aspectos que envolvem o tratamento da artrite reumatoide integram uma iniciativa internacional da Pfizer em parceria com um painel global composto por 39 profissionais de saúde e organizações de pacientes, de 17 países. Além do Brasil, participaram da pesquisa Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Espanha, Itália, França, Canadá, Japão, Hong Kong, Coreia do Sul, Taiwan, Austrália, Turquia e Argentina.
No Brasil, foram ouvidos 324 pacientes (71% deles do sexo feminino), além de 150 profissionais de saúde. Do universo de pacientes pesquisados, 61% eram casados, ou viviam em união estável, e a idade média do grupo era de 48 anos. Já entre os médicos, 45% têm entre 35 e 44 anos. Em média, atendem cerca de 58 pacientes com artrite reumatoide moderada a grave por mês.
