Coqueluche ganha destaque em campanha sobre doenças prevenidas pela vacinação

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 25/08/2016 às 10:53
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A função das vacinas ensinar o sistema imunológico a reconhecer tais agentes e, assim, estimular a produção de anticorpos específicos para combatê-los, sem permitir que a doença se desenvolva¹.(Foto: Ashlley Melo/JC Imagem) A coqueluche afeta principalmente crianças ainda não devidamente protegidas pela imunização contra a doença (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem)

A GSK lança um vídeo de alerta sobre coqueluche como parte da campanha Avós da Experiência, que aborda as formas de prevenção das principais doenças que podem acometer as crianças. O filme destaca a habilidade que as avós têm para tirar dúvidas e dar conselhos para todos da família.

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“A campanha visa a conscientização da população em relação a sintomas, formas de contágio e prevenção de algumas das doenças que podem ocorrer desde a infância. Na série, os pais sempre contam com a experiência das vovós, que hoje em dia estão superantenadas e usam a tecnologia para se informar”, conta a gerente médica de vacinas da GSK no Brasil,  Isabel Lopes.

A série de vídeos conta ainda com um filme sobre hepatite A (o primeiro a ser lançado). Serão divulgados ainda vídeos sobre catapora, caxumba, meningite e sarampo. A cada mês, um será apresentado no site www.casadevacinasgsk.com.br.

Sobre a coqueluche

É uma doença infecciosa aguda do trato respiratório, de alta transmissibilidade, causada pela bactéria Bordetella pertussis. É considerada um problema de saúde pública devido à elevada morbimortalidade infantil, principalmente nos menores de 1 ano. No Brasil, entre 2010 e 2014, foram notificados 72.901 casos suspeitos de coqueluche. Destes, 31% (22.426) foram confirmados. Nesse período, a incidência de casos variou entre 0,3 e 4,0 por 100 mil habitantes. Em 2011, observa-se que a incidência de casos quadriplicou, quando comparada com o ano anterior (2010). O aumento do número de casos de coqueluche pode corresponder à ciclicidade da doença, que ocorre entre três a cinco anos.

A doença afeta principalmente crianças menores de 6 meses, ainda não devidamente protegidas pela imunização contra a coqueluche, que hoje se faz no programa público com a vacina Penta Brasil (difteria, tétano, coqueluche, Hib e hepatite B) ou nas clínicas de vacinação com a tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche), penta (difteria, tétano, coqueluche, Hib e pólio) ou Hexa (difteria, tétano, coqueluche, Hib, pólio e hepatite B).

A doença evolui em três fases sucessivas. A fase catarral se inicia com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar. Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.

A transmissão acontece principalmente pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa suscetível, não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar. Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas.