Aedes aegypti: Recife monitora 700 pontos estratégicos para controle das arboviroses

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 23/08/2016 às 13:00
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Para combater doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a Prefeitura do Recife tem monitorado atualmente mais de 700 pontos estratégicos na cidade (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem) Para combater doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, a Prefeitura do Recife tem monitorado atualmente mais de 700 pontos estratégicos na cidade (Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem)

Os agentes de saúde ambiental e controle de endemias (asaces) da Secretaria de Saúde do Recife inspecionaram, no último fim de semana (dias 20 e 21 de agosto), locais considerados estratégicos para controle do Aedes aegypti. Ao todo, os profissionais foram em 20 pontos – 10 por dia. A Prefeitura do Recife monitora atualmente mais de 700 pontos estratégicos na cidade e, dessa maneira, tentar diminuir o risco de transmissão ativa das arboviroses (dengue, chicungunha e zika) nos bairros.

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No sábado (20), as equipes visitaram ferro-velhos, prédios públicos, estação de tratamento da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), o Ginásio Geraldão e os banheiros da orla da Praia de Boa Viagem, Zona Sul do Recife. O teto de cada um dos dez banheiros recebeu tratamento focal com larvicida biológico. Neles, não foram encontradas larvas de mosquitos. No total, 152 depósitos foram tratados como medida preventiva e 168 eliminados.

No domingo (21), hospitais, um terminal e uma garagem de ônibus, um posto de gasolina e uma delegacia também foram visitados. Os agentes realizaram tratamento de 86 depósitos e eliminaram outros 160, que poderiam servir de criadouro para os vetores.

No Recife, a Vigilância Ambiental acompanha quinzenalmente os pontos estratégicos espalhados pela cidade, como preconizado no Programa Nacional de Controle da Dengue (PNCD), entre eles borracharias, ferros-velhos e cemitérios. "Os locais são identificados, cadastrados e visitados pelas equipes dos Distritos Sanitários, nos dias de semana, ou pelos agentes que trabalham em esquema de plantão, como ocorreu no fim de semana", explicou a secretária executiva de Vigilância à Saúde, Cristiane Penaforte.

São locais que exigem uma atenção maior porque há grande concentração de depósitos para o vetor desovar, como é o caso de borracharias, que têm muitos pneus, ou ainda cemitérios, onde geralmente há vasos de flores. "Alguns outros locais nós tratamos como ponto estratégico pelo risco que oferecem à comunidade, como o caso dos banheiros da orla e um posto de gasolina, mas todos com características semelhantes”, disse a coordenadora do Programa de Saúde Ambiental do Recife, Liliane Amorim.