Um terço dos homens não tem o hábito de ir aos serviços de saúde, revela pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/08/2016 às 13:18
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Em média, homens vivem sete anos a menos do que as mulheres (Foto: Free Images) Em média, homens vivem sete anos a menos do que as mulheres (Foto: Free Images)

Quase um terço (31%) dos homens brasileiros não tem o hábito de ir aos serviços de saúde para acompanhar seu estado de saúde e buscar auxílio para prevenir doenças. A pesquisa, realizada pelo Ministério da Saúde, revela que barreiras socioculturais interferem na prevenção à saúde. Em muitos casos, os homens pensam que não ficam doentes ou têm medo de descobrir doença.

“Saúde é importante para que os homens participem ativamente das atividades familiares. Nossa chamada é para que os pais procurem os serviços e recebam orientações para cuidar de sua saúde e prevenir doenças, como manter as vacinas em dia. Filhos, lembrem seus pais de cuidar regularmente da saúde. Esse será o melhor presente para toda a família”, avisa o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Entre as respostas mais comuns dadas pelos homens (55%) é dizer que não buscaram os serviços de saúde porque nunca precisaram. O resultado da ida tardia às unidades de saúde é que, em média, os homens vivem sete anos a menos que as mulheres. Segundo a última pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), enquanto a expectativa de vida dos homens alcançou 71 anos, entre as mulheres, a expectativa é de 78 anos.

A pesquisa mostrou ainda que, apesar de o pré-natal da parceira ser o momento em que o homem está mais próximo do serviço de saúde, ele ainda é pouco aproveitado pelos profissionais. A maioria dos homens (80%) diz que acompanhou a parceira nas consultas de pré-natal, mas 56% disseram que o atendimento teve foco apenas nas orientações para a gestante.

O inquérito telefônico foi realizado em 2015 com mais de 6 mil homens cujas parceiras fizeram parto no Sistema Único de Saúde (SUS). Entre os participantes, 80% tinham de 20 a 39 anos e 67,3% afirmaram ter renda entre 1 e 2 salários mínimos. Quase metade (49%) relataram que são casados e 36,9% possuíam nível médio completo.