Fotógrafa retrata momentos que simbolizam como a amamentação vai muito além do nutrir

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/08/2016 às 22:51
deborah_exposição_destaque FOTO:

Exposição fotógrafica de Deborah Ghelman fica até 14 de agosto no Plaza Shopping (Foto: Deborah Ghelman/Divulgação) Exposição fotógrafica de Deborah Ghelman fica até 14 de agosto no Plaza Shopping (Foto: Deborah Ghelman/Divulgação)

Mãe de Bento, 2 anos e 4 meses, e de Maya, 6 meses, Deborah Ghelman caprichou na sensibilidade de fotógrafa para registrar momentos que simbolizam como o aleitamento materno fortalece o vínculo entre mãe e bebê. A exposição de fotos que montou no Plaza Shopping, no bairro de Casa Forte, Zona Norte do Recife, vai até o dia 14 de agosto, das 10h às 22h, horário de funcionamento do mall.

Leia também:

» Esclareça as 8 dúvidas mais comuns sobre amamentação

» Rede de relações da mãe interfere no tempo de amamentação do bebê, diz pesquisa

» Zika não é empecilho à amamentação

Batizado de Deleite, o projeto marca a Semana Mundial de Aleitamento Materno e conta com 16 fotografias no formato 120 cm x 80 cm. Com a exposição, Deborah quer despertar a atenção da sociedade para o conceito de que a amamentação vai além do nutrir. Ela também ressalta os benefícios físicos e emocionais, como também frisa a importância de naturalizar a prática do aleitamento materno em espaços públicos.

Com a exposição, Deborah quer despertar a atenção da sociedade para o conceito de que a amamentação vai além do nutrir (Foto: Com a exposição, Deborah quer despertar a atenção da sociedade para o conceito de que a amamentação vai além do nutrir (Foto: Deborah Ghelman/Divulgação) Com a exposição, Deborah quer despertar a atenção da sociedade para o conceito de que a amamentação vai além do nutrir (Foto: Deborah Ghelman/Divulgação)

"Por meio das fotos, procuro absorver a essência de cada família, através da minha perspectiva. Então, tudo que eu já vivi, tudo que eu sinto e tudo no que acredito também estão expressos nas imagens que apresento", diz Deborah. "Através da minha experiência profissional, notei mulheres que deixam o aleitamento materno aos primeiros sinais de dificuldades. Percebi, então, a oportunidade de contribuir para uma sociedade mais consciente, mais saudável e menos preconceituosa sobre o tema", finaliza Deborah.

Saiba mais

Amamentar faz bem à saúde da mãe, do bebê e também do planeta. Esse é o alerta da campanha lançada este mês pelo Ministério da Saúde, em parceria com a Sociedade Brasileira de Pediatria. O Brasil é referência no mundo quando se trata de aleitamento materno, com uma taxa de 41%.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os bebês recebam leite materno até os 2 anos ou mais, associado à alimentação complementar saudável, sendo exclusivamente até 6º mês de vida. Além de fazer bem para a saúde da criança e da mulher, o aleitamento materno é a forma mais econômica e ecológica de alimentar uma criança. Para fabricação dos leites em pó ou longa vida, é necessário o uso de energia, assim como materiais para embalagem, combustível para a distribuição e de água, além de produtos de limpeza tóxicos para o preparo diário. Por isso, só devem ser utilizados por orientação médica, quando a mulher estiver impedida de amamentar.

Deborah Ghelman Brasil é referência no mundo quando se trata de aleitamento materno (Foto: Deborah Ghelman/Divulgação)

“O leite materno já vem pronto, está sempre na temperatura correta para o bebê e não necessita de nenhum preparo prévio, nem gasto de energia, ou seja, não agride o meio ambiente“, afirma o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

Mas, segundo o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), 77 milhões de recém-nascidos (um a cada dois) não são amamentados em sua primeira hora de vida, sendo privados de nutrientes e anticorpos e do contato corporal com suas mães, essenciais para protegê-los de doenças e da morte. Atrasar o aleitamento materno entre 2 e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-lo por 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%. Segundo a Unicef, apenas 43% dos bebês no mundo com menos de 6 meses de idade são amamentados exclusivamente.