Bebês com suspeita de microcefalia foram acolhidos por equipe multiprofissional e submetidos a consultas e exames para fechar diagnóstico (Foto: Ashlley Melo/JC Imagem)
Dos 67 bebês com suspeita de microcefalia atendidos, na sexta-feira (22), durante mutirão realizado pela Prefeitura do Recife na Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPAE) Deputado Antônio Luiz Filho, no Arruda, Zona Norte, 61 passaram a ser casos descartados da malformação congênita. Já três bebês tiveram o diagnóstico confirmado.
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“As mães que ainda não tinham levado os filhos para fazer todos os exames tiveram a oportunidade de receber o diagnóstico no mesmo dia. A avaliação foi realizada por neuropediatras, assistentes social, enfermeiros e psicólogos”, diz o secretário de Saúde do Recife, Jailson Correia. Outras três crianças ainda estão em processo de investigação, pois precisam se submeter a exames de tomografia que podem avaliar a existência de lesões no cérebro sugestivas de infecção. E os três casos com diagnóstico positivo de microcefalia serão encaminhados para receber assistência e realizar atividades de estimulação precoce no Núcleo de Desenvolvimento Infantil, que funciona na Policlínica Lessa de Andrade, no bairro da Madalena, Zona Oeste da cidade.
Durante o mutirão, as mães receberam kits e orientações sobre higiene bucal e amamentação. Elas também puderam atualizar o cartão de vacina da criança.
No Recife, já nasceram 344 bebês com suspeita de microcefalia. Até o dia 2 de julho, 63 casos foram confirmados, 134 descartados e 147 continuavam em investigação. Com o mutirão, o número de registros que permanece sem diagnóstico caiu para 86. O objetivo agora é fazer uma busca ativa dessas crianças para novas consultas e exames. Na cidade, o Ibura, na Zona Sul, é o bairro com maior número de casos da malformação notificados (27). Em seguida, estão Nova Descoberta (19), na Zona Norte, e Cohab (17), também na Zona Sul.