Cerca de 75% dos trabalhadores brasileiros não se exercitam regularmente

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/07/2016 às 13:27
exercício_destaque FOTO:

Em uma semana de 168 horas, você só precisa dedicar 2,5 horas para atividades físicas e terá grandes benefícios (Foto: Free Images) O grupo que pratica o nível recomendado de exercícios físicos é formado por 25,2% dos trabalhadores brasileiros (Foto: Free Images)

Somente um quarto da população brasileira que trabalha com carteira assinada pratica atividade física. A constatação é do recorte Indicadores de Saúde e Mercado de Trabalho da mais recente Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013), divulgado na quinta-feira (30/6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Ministério da Saúde, parceiros no estudo.

Leia também:

>> Dica do bem: Malhar em jejum não ajuda a queimar gordura

>> Amigos e vizinhos estimulam a prática de atividade física, aponta pesquisa

O grupo que pratica o nível recomendado de exercícios físicos (pelo menos, 150 minutos semanais de intensidade leve ou moderada ou de, pelo menos, 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa) é formado por 25,2% dos trabalhadores brasileiros (considerando somente o mercado formal). Isso significa que uma parcela majoritária (74,8%) não se exercita em ritmo satisfatório.

“A atividade física tem reflexos importantes para a saúde”, frisa a diretora do Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis e Promoção da Saúde do Ministério da Saúde (CGDANT), Fátima Marinho. “Ela melhora a capacidade cardiovascular, reduz a pressão arterial e controla a diabetes. Temos sempre que lembrar que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil e uma das principais causas de internações hospitalares”, acrescenta.

A pesquisa ainda constatou que 15,2% da população do mercado formal de trabalho fumam e 30% consomem bebida alcoólica uma ou mais vezes por semana - proporção de consumo de álcool maior que a média nacional, se considerados todos os brasileiros com mais de 18 anos, que é de 24%, segundo a PNS. Além disso, o estudo detectou que 6,2% dos trabalhadores com carteira assinada convivem com depressão. Entre os desempregados, essa proporção é de 7,5%.