Microcefalia: Respeito e amor pautam campanha do Governo de PE para sensibilizar sociedade

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/07/2016 às 13:22
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Campanha do Governo de Pernambuco apresenta ensaio fotográfico que mostra relação de carinho e afeto entre pais e filhos com microcefalia (Foto: Divulgação) Campanha do Governo de Pernambuco apresenta ensaio fotográfico que mostra relação de carinho e afeto entre pais e filhos com microcefalia (Foto: Divulgação)

Primeiro Estado a perceber e a fazer notificação compulsório da mudança do padrão da microcefalia no Brasil, Pernambuco possui atualmente 366 bebês com diagnóstico confirmado da malformação congênita. Com o intuito de conscientizar a população, enfrentar o preconceito e preparar as famílias para acolher os bebês na sociedade, o Governo do Estado passa a veicular, nesta sexta-feira (1º/7), a campanha Em Pernambuco, quem nasce com microcefalia é recebido pela família com amor, pelo Estado com atenção e por todos com respeito.

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Baseada em casos reais de famílias pernambucanas, a campanha tem origem em um ensaio fotográfico sensível, que apresenta a relação de carinho e afeto entre pais e filhos. As fotos darão vida não só a uma campanha de mídia, mas a uma exposição itinerante que percorrerá todo o Estado. As peças poderão ser observadas em mídia exterior (backbus e frontlight), anúncios de jornal e revista, além de ações noturnas de walkmídia, internet, blogs e cinema. Comerciais também serão exibidos na grade de programação das TVs, com depoimentos e relatos de cada família participante.

“O Governo de Pernambuco tem encarado essa situação de frente. O Estado foi o primeiro a notificar e acompanhar os casos de microcefalia, foi o primeiro a criar um protocolo de atendimento, que se tornou modelo para outros estados e países, sem contar a descentralização do atendimento às crianças com microcefalia. Assim, não poderíamos deixar de levantar essa discussão junto à sociedade. Precisamos e estamos garantindo os direitos dessas crianças, mas também queremos garantir o respeito e a dignidade com que elas e seus familiares precisam ser acolhidos na sociedade”, explica o governador Paulo Câmara.

Saiba mais

Após pouco mais de oito meses do início dos esforços para garantir o acompanhamento e tratamento dos casos de microcefalia, a rede estadual passou por uma reestruturação. No fim de 2015, Pernambuco contava apenas com duas instituições que atendiam as crianças com microcefalia (o Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira e a  Associação de Assistência à Criança Deficiente), já que o Estado registrava uma média de 12 casos da malformação por ano. Atualmente, 24 unidades em todo o Estado já prestam algum tipo de atendimento relacionado à microcefalia.

Até outubro de 2015, uma criança precisava percorrer, em média, 420 quilômetros para ter um atendimento para microcefalia. Atualmente, essa distância foi reduzida para menos de 60 quilômetros de distância.

Ainda neste mês de julho, a Unidade Pernambucana de Atenção Especializada (UPAE) de Limoeiro e o Hospital Regional Fernando Bezerra, em Ouricuri, no Sertão, iniciarão o trabalho de reabilitação das crianças.