Proteste lista dicas para diminuir impacto de aumento do preço de medicamentos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 30/04/2016 às 18:00
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Imagem de embalagem com remédios (Foto: Free Images) Diante da alta no preço de medicamentos, Associação Brasileira de Defesa do Consumidor lista alternativas para driblar aumento e diminuir impacto no orçamento doméstico (Foto: Free Images)

Diante do aumento de até 12,5% no preço dos medicamentos, a dificuldade de encontrar produtos nas farmácias com os preços anteriores é cada vez maior. Por isso, a Proteste – Associação Brasileira de Defesa do Consumidor reuniu diversas dicas para que o impacto na hora da compra de produtos farmacêuticos seja menor.

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Confira as recomendações:

1. Pesquisa é o melhor caminho:

Pesquise em diferentes redes de farmácias e drogarias e não deixe de pechinchar. Há diferenças mesmo dentro da mesma rede, de uma loja para outra. Percebe-se grande margem de negociação e diversas farmácias e drogarias cobrem preços da concorrência.

2. Considere optar por medicamentos genéricos:

Consulte seu médico sobre a possibilidade de usar a versão genérica do medicamento. O genérico, em regra, é mais barato. Mas, não deixe de pesquisar preços de genéricos fabricados por diferentes laboratórios, pois há diferenças entre eles.

Peça para seu médico receitar o medicamento pelo nome do princípio ativo, e não pelo nome de marca. Assim será mais fácil verificar a existência de genéricos e optar pelo mais barato. Mesmo se da prescrição do medicamento constar o nome de marca, é permitida a troca por medicamento genérico na farmácia, desde que seja feita por farmacêutico, que pode orientar o consumidor.

3. Farmácia popular pode ser boa alternativa para economizar:

Pacientes que tratam hipertensão ou diabetes devem consultar o médico sobre a possibilidade de utilizar um dos medicamentos que constam da lista do Programa Farmácia Popular. Além dos medicamentos gratuitos para hipertensão, diabetes e asma, o programa oferece mais 13 tipos de medicamentos com preços até 90 % mais baratos utilizados no tratamento de dislipidemia, rinite, Parkinson, osteoporose e glaucoma, além de contraceptivos e fraldas geriátricas para incontinência.

4. Subsídios do governo:

Há medicamentos cujos subsídios do governo permitem a redução de até 90% nos preços. Há uma série de farmácias e drogarias que participam do programa. Procure pelo cartaz exposto no estabelecimento. Para obter esses descontos, é preciso que o paciente leve a receita e tenha em mãos o CPF. Também há programas dos governos estaduais e municipais que subsidiam o tratamento com remédios.

5. Ganhe até 70% de desconto em laboratórios:

Para quem doença crônica, também outra forma de economia é a adesão a programas de fidelização de laboratórios. A adesão é feita pelo site das empresas ou por um telefone 0800, identificados nos rótulos dos produtos. O usuário se inscreve por telefone ou e-mail e passa a fazer parte do programa dos laboratórios que disponibilizam esse tipo de produto. Dependendo do medicamento, os descontos chegam até 70%, o que equivale em alguns casos aos preços das versões genéricas.

6. Tenha cuidado com compras online:

Caso prefira a compra online, cuidado para não ser vítima de medicamentos falsificados. Tome algumas precauções. Saiba que somente farmácias e drogarias abertas ao público, com farmacêutico responsável presente durante todo o horário de funcionamento, podem fazer a dispensação de medicamentos por telefone ou Internet.

O endereço eletrônico da farmácia deve ter “.com.br” e deve conter, na página principal, todas as informações do estabelecimento: Razão social; Endereço; CNPJ; Horário de funcionamento; Telefone; Nome e nº de inscrição no CRF do Responsável Técnico; Licença ou Alvará Sanitário.

Devem ser informado telefone para contato com o Farmacêutico, Responsável Técnico, ou seu substituto, para orientações sobre o uso do medicamento. Seja cauteloso com os anúncios de produtos que prometem “milagres” relacionados ao emagrecimento ou à cura de doenças. As propagandas de medicamentos devem apresentar informações completas e equilibradas, e não podem destacar apenas aspectos positivos do produto, quando se sabe que todo medicamento apresenta riscos.

Verifique se o produto anunciado possui registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pois pode se tratar de um produto irregular ou mesmo de uma falsificação. O número de registro de medicamentos é iniciado pelo algarismo 1. As normas sanitárias que regula a propaganda de medicamentos também se aplicam aos anúncios na internet.