Após recomendação da OMS, terceira dose da vacina contra poliomielite passa a ser injetável

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/04/2016 às 17:04
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Imagem de vacina (Foto: Photl.com) Mudança tem o objetivo de contribuir na erradicação mundial da poliomielite (Foto: Photl.com)

Após recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação contra a poliomielite teve algumas alterações. Agora, a terceira dose da imunização, aplicada aos 6 meses, deixa de ser oral e passa a ser aplicada de forma injetável. A modificação é mais um passo para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil. As mudanças têm o objetivo de contribuir na erradicação mundial da doença, inexistente no Brasil desde 1989.

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Com a mudança, as crianças passam a receber a vacina inativada da poliomielite (VIP – injetável) nas três primeiras doses (2, 4 e 6 meses). A oral (VOP), oferecida aos 15 meses, 4 anos e nas campanhas anuais para meninos e meninas de 1 ano a menores de 5 anos, neste ano, só voltam a ser oferecidas a esse público na campanha nacional no segundo semestre.

"Neste ano, qualquer reforço será feito apenas a partir de agosto, no período da campanha de vacinação em todo o Brasil. Os pais não precisam se preocupar, já que a criança está protegida com as doses anteriores. Quem está com alguma dose atrasada, a indicação é utilizar a vacina injetável", explica Ana Catarina de Melo, coordenadora do Programa Estadual de Imunização (PNI/PE).

"Apesar da mudança do tipo da vacina, é importante ressaltar que a eficácia contra a doença se mantém. Mesmo estando há mais de 25 anos sem registros de poliomielite no Brasil, precisamos continuar imunizando todas as crianças por causa da circulação do vírus em outros países", ressalta Ana Catarina.