Parkinson: Alteração do olfato pode aparecer como sintoma da doença. Conheça outros sinais

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 11/04/2016 às 12:50
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Imagem de cérebro (Foto: Free Images) A doença de Parkinson compromete a produção de dopamina, uma substancia química produzida pelo cérebro e que é responsável pela manutenção dos movimentos do corpo (Foto: Free Images)

Conhecida por causar lentidão dos movimentos motores, tremores, rigidez e instabilidade muscular, a doença de Parkinson também pode ter sintomas como distúrbios de sono, alteração do olfato, constipação intestinal e depressão. Neste Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson (11/4), ainda é importante alertar para o diagnóstico precoce deste distúrbio neurológico que é progressivo. Estima-se que há cerca de 400 mil brasileiros com a doença, mas há uma parcela de casos ainda não diagnosticados.

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Para a neurologista Roberta Saba, colaboradora do Departamento de Neurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a doença de Parkinson está longe de ser o vilão da saúde do brasileiro. “É natural o susto com o diagnóstico, principalmente por ser uma doença que ainda não tem cura, mas os tratamentos disponíveis auxiliam no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida”, explica a médica. Segundo a especialista, há pacientes que convivem com a doença há 30 anos.

Os idosos são a faixa etária mais acometida pela doença de Parkinson. Um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontou que o distúrbio atinge pelo menos 1% da população acima dos 60 anos. Para a especialista, a enfermidade não é a maior dificuldade nesses casos. “Em muitos casos, o processo de envelhecimento e outras doenças relacionadas à idade são mais impactantes do que a progressão do Parkinson”, reforça Roberta Saba.

A doença de Parkinson compromete a produção de dopamina, uma substancia química produzida pelo cérebro e que é responsável pela manutenção dos movimentos do corpo. A falta desta substância causa tremor de repouso, lentidão dos movimentos, rigidez muscular e alteração do equilíbrio, além de alterações na fala e escrita, o que pode afetar a mobilidade e a independência do paciente.

Saiba mais

Além dos desafios da própria doença de Parkinson, os pacientes convivem com a falta de conhecimento da sociedade que muitas vezes acabam criando opiniões desfavoráveis sobre a enfermidade. Em busca da quebra desse paradigma, a Roche idealizou a campanha #EscrevaParaLutar no site www.escrevaparalutar.com.br, que incentiva a pessoa com Parkinson a se posicionar frente a opiniões e sentimentos, compartilhando informações para que todos entendam os prejuízos da falta de apoio no diagnóstico e tratamento.

“É muito importante, para o paciente com doença de Parkinson, o apoio familiar e o respeito da sociedade. Com tratamento adequado, essas pessoas estão aptas a realizar as atividades do dia a dia, como trabalhar, estudar, dançar, se divertir e conviver normalmente em sociedade”, frisa Roberta Saba.