Vacinação contra H1N1 e outros vírus da gripe deve ser feita todos os anos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 09/04/2016 às 18:34
vacina-destaque FOTO:

Vacinação contra gripe deve ser feita todos os anos, especialmente em grupos prioritários (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem) Vacinação contra gripe deve ser feita todos os anos, especialmente em grupos prioritários (Foto: Ricardo B. Labastier/JC Imagem)

Na rede pública, a campanha de vacinação contra a gripe se inicia no próximo dia 30 em Pernambuco e atinge a maioridade. É a 18ª mobilização para a imunização, que era dirigida apenas aos idosos até 2009, ano da pandemia causada pelo H1N1. Em 2010, o vírus entrou na composição da vacina. “Desde então, houve ampliação do universo a ser contemplado com a vacinação e ocorreu a ampliação dos grupos prioritários”, diz a coordenadora do Programa de Imunização da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Ana Catarina de Melo.

Quem já foi imunizado em anos anteriores precisa ir novamente aos postos de saúde. “A vacina tem validade de seis meses a um ano. Após aplicada, os anticorpos caem com o tempo. Por isso, é importante se vacinar anualmente.”

E quem já teve gripe por H1N1 também não pode deixar de se vacinar. “A doença dá proteção contra uma nova infecção, mas não sabemos por quanto tempo essa imunidade dura”, frisa a gerente de Vigilância Epidemiológica das Doenças Imunopreveníveis da SES, Ana Antunes.

Outro detalhe é que os vírus da gripe são caracterizados pela velocidade com que sofrem mutações e, por isso, a composição da vacina muda a cada ano. A Organização Mundial de Saúde mantém uma rede de vigilância da gripe, a fim de definir a melhor composição do produto.

Medicação

As unidades de saúde de Pernambuco estão abastecidas da medicação oseltamivir (ou Tamiflu, nome comercial), indicada para casos de gripe que necessitam de internamento e quadros gripais em pessoas com fatores de risco para agravamento da doença.

Para este ano, o Ministério da Saúde solicitou ao Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos) 15 milhões de cápsulas de oseltamivir (corresponde à demanda de 1,5 milhão de pacientes). Neste primeiro momento, serão produzidos 2 milhões de unidades do antiviral a ser entregues até o dia 25, o que significa 200 mil tratamentos.