ONG Gestos lança campanha Saúde não é Comércio

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/04/2016 às 12:17
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Imagem do logo da campanha Saúde não é Comércio (Imagem: Divulgação) As atividades da campanha Saúde não é Comércio, entre ações nas redes sociais, debates e seminários sobre o tema, deve durar seis meses (Imagem: Divulgação)

A saúde não como um negócio entre governo e grandes corporações, mas firmada como um direito humano e uma obrigação do Estado. Este é o grande objetivo de debate da campanha 'Saúde não é Comércio', iniciativa da ONG (Organização Não Governamental) Gestos - Soropositividade, Comunicação e Gênero e diversos parceiros da sociedade civil. O lançamento oficial da ação acontecerá nesta quinta-feira (7), Dia Mundial da Saúde, com foco no custo versus acesso da população ao tratamento para a Aids. As atividades, entre ações nas redes sociais, debates e seminários sobre o tema, deve durar seis meses.

Imagem de Alessandra Nilo (Foto: Divulgação / Cláudio Fernandes) Fortalecimento do SUS é um dos temas a ser tratado durante a campanha, segundo a coordenadora da Gestos, Alessandra Nilo (Foto: Divulgação / Cláudio Fernandes)

O Sistema Único de Saúde (SUS) será o primeiro assunto a ser tratado na campanha. A ideia é mostrar que o serviço não se trata apenas de uma rede de hospitais e postos de saúde para pessoas que não podem pagar por planos privados. "O SUS é um complexo sistema integrado de saúde pública que está presente na vida de todos os brasileiros, inclusive na dos que usam apenas planos de saúde privado. Não é à toa que é tão elogiado mundo afora. É preciso conscientizar a sociedade sobre o perigo que ronda um dos seus direitos mais básicos. A campanha vai, inclusive, empreender ações junto ao legislativo federal e ao Ministério da Saúde, sem deixar de ir buscar parcerias com organizações da sociedade civil. É preciso unir esforços compatíveis com o tamanho da ameaça", defende a jornalista Alessandra Nilo, coordenadora geral e uma das fundadoras da Gestos.

Delineada a partir de 2003, a campanha já foi levada ao Fórum Social Mundial (Mumbai, 2004), às edições do mesmo evento em Porto Alegre (2005) e na Venezuela (2006) e por último desembarcou no Peru durante o Fórum Latino-americano de HIV e Aids (2009), onde discutiu sobre propriedade intelectual e direito à saúde. No Brasil, a proposta é lançar luz sobre a influência da indústria farmacêutica no que diz respeito à formatação e implementação de políticas públicas e decisões médicas.