Arboviroses: Representantes do Ministério da Saúde estão em Pernambuco para investigar mortes

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 30/03/2016 às 11:39
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) FOTO: (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Aedes aegypti transmite dengue, chicungunha e zika (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) Aumento no registro de óbitos em Pernambuco relacionados a doenças transmitidas pelo Aedes aegypti (dengue, chicungunha e zika) levou Ministério da Saúde a ajudar o Estado a investigar mortes notificadas (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

O cenário dos óbitos relacionados a arboviroses (dengue, chicungunha e zika) em território pernambucano levou o Ministério da Saúde a direcionar quatro profissionais do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (Episus) para ajudar Pernambuco a investigar a ascensão nas notificações de óbitos pelas arboviroses. “Esses profissionais já estão aqui no Estado. Eles vão nos orientar sobre a melhor maneira para atuarmos com o objetivo de reduzir registros de mortes por arboviroses”, diz a coordenadora do Programa de Controle de Arboviroses da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Claudenice Pontes.

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Até o último dia 26, foram notificados 133 mortes suspeitos pelas arboviroses. Dessas, duas foram confirmadas por chicungunha no Recife e uma por dengue em Caruaru. Outras quatro foram descartadas para dengue, chicungunha e zika. As demais estão em investigação.

“Queremos traçar um perfil das mortes. Muitos desses pacientes estão indo a óbitos por parada cardíaca, mas precisamos ver se há relação com chicungunha, como sugerem os rumores, ou com outro fator”, frisa Claudenice. A investigação será iniciada pela 1ª Regional de Saúde, que contempla a Região Metropolitana do Recife e municípios da Zona da Mata, além de Fernando de Noronha. Depois serão analisados os óbitos no Agreste.

A SES também informa que pretende instituir no Hospital da Restauração (HR) a notificação de complicações neurológicas relacionadas a arboviroses. “Discutimos sobre a possibilidade de o HR ser unidade sentinela para para melhor monitorar e notificar esses casos”, diz Claudenice. O mesmo sistema, segundo a gestora, deverá ser adotado para acompanhar registros de transtornos psiquiátricos agudos que tem sido observados, por médicos, em pacientes que apresentaram quadro sugestivo de infecção por chicungunha.