Amigos e vizinhos estimulam a prática de atividade física, aponta pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 27/03/2016 às 14:00
atividade física_alongamento FOTO:

Imagem de duas mulheres praticando atividade física (Foto: Marcos Santos / USP Imagens) Ter companhia de amigos e vizinhos pode servir como estímulo na hora de praticar exercícios físicos, pois isso torna a atividade menos estressante (Foto: Marcos Santos / USP Imagens)

Da Agência USP de notícias 

Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP) da USP (Universidade de São Paulo) aponta que ter companhia de amigos e vizinhos, principalmente na caminhada, pode servir como estímulo na hora de praticar exercícios físicos, pois isso torna a atividade menos estressante. Mas, mesmo com companhia, a falta de locais apropriados, ou a distância somada à precariedade dos locais existentes podem desestimular àqueles que se propõem a aderir aos exercícios físicos. Essa situação pode ser um agravante para as pessoas com Diabetes mellitus, que têm no exercício físico um aliado para a melhoria da qualidade de vida, com efeitos significativos para a saúde mental e o controle glicêmico.

egundo a educadora física Paula Parisi Hodniki, autora do estudo, existem poucos locais adequados para a prática de atividade física e caminhada na cidade de Ribeirão Preto e, quando existem, estão em situação precária. Além disso, os entrevistados contam que o trânsito também dificulta a prática de caminhada ou o uso de bicicleta. “Não existem faixas para atravessar e os motoristas não deixam nem pedestres atravessarem. Durante a noite não temos segurança para caminhar, andar de bicicleta ou praticar esportes”, resume a educadora.

Por meio dos exercícios, diz Paula, são encontrados diversos benefícios para os portadores da doença, como melhora da função miocárdica, da capacidade funcional, hipotensão arterial, melhora na condição física, perda de peso, melhora na autoestima, disposição para atividades diárias e melhora da qualidade de vida. “Isso traz efeitos significativos para a saúde mental e o controle glicêmico”.

A pesquisadora alerta que a prática de atividade física é considerada uma forma de tratamento sem o uso de medicamentos e de baixo custo, além de melhorar a qualidade de vida do praticante. “Amigos e familiares são vistos como o apoio social, que dão força para o portador não desistir das atividades físicas”, completa.

Melhoria

De acordo com a pesquisadora, deixar de praticar atividade física pode trazer complicações para o portador de diabetes, além de ser um dos fatores de risco para doenças crônicas não transmissíveis. “A prática de atividades de forma regular é recomendada para a melhora das aptidões físicas relacionadas à saúde, para melhorar o condicionamento cardiorrespiratório e muscular, a saúde óssea e, também, para reduzir o risco de doenças não transmissíveis e depressão.”

O estudo foi feito com portadores de Diabetes mellitus tipo 2, e teve como objetivo analisar qual era a impressão que eles tinham do ambiente para prática de atividades físicas. A pesquisa destacou a influência que isso causa na vida deles, como, por exemplo, deixar de praticar exatamente pelas condições que o ambiente proporciona.

Confira a matéria completa no site da Agência USP de notícias.