Índice de massa corporal saudável para idosos é diferente do recomendado para jovens

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/02/2016 às 12:20
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Levantamento mostra que prevalência de obesidade no brasileiro aumenta com a idade (Foto: Free Images) Levantamento mostra que prevalência de obesidade no brasileiro aumenta com a idade (Foto: Free Images)

O índice de massa corporal (IMC) considerado saudável para os idosos não é o mesmo daquele indicado para os jovens. O médico nutrólogo Paulo Giorelli, chefe do Departamento de Obesidade e Síndrome Metabólica da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran),  explica que “o ideal para os pacientes acima de 65 anos é ter um IMC de 22 kg/m² a 26,99 kg/m²”.

Paralelamente, um levantamento realizado pelo Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva, da Universidade Federal de Goiás, evidenciou que a prevalência de obesidade na população brasileira aumentou com a idade e atingiu 17,1% na faixa etária de 55 a 64 anos, 14% na categoria de 65 a 74 anos e 10,5% nos idosos com 75 anos. “É uma preocupação, pois é uma doença que atinge todas as faixas etárias, mas representa um risco maior para os idosos”.

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Existe uma relação clara entre a obesidade e o risco de mortalidade. “Para 10% de peso acima do normal, a possibilidade de desenvolver alguma comorbidade (doença associada) aumenta em 30%. Podemos destacar a diabetes tipo 2, as dislipidemias, a hipertensão arterial e câncer”, afirma o médico nutrólogo.

Ele alerta que é preciso ter mais atenção em relação ao emagrecimento entre os idosos e que o paciente não deve seguir dietas radicais. “Como os idosos são mais afeitos à perda de massa muscular, é preciso ter um cuidado especial para que não haja perda da massa magra. O acompanhamento médico nesses casos é essencial”, reforça. “Além disso, devemos ressaltar para esses pacientes a importância de fazerem varias refeições ao dia, com pouca quantidade de alimentos, assegurando-se a qualidade dos mesmos”, completa Giorelli.

Medicação

Alguns medicamentos podem ajudar no tratamento das doenças e também auxiliar na perda e controle de peso. “Se o paciente apresentar dificuldade em aderir ao tratamento ou, até mesmo, se ele não apresentar o efeito desejado, o uso de medicamentos pode ajudar. Todavia, todo remédio só deve ser prescrito sob orientação medica e com acompanhamento regular”, explica Giorelli.