Microcefalia: OMS garante que vacinas da rede pública brasileira são seguras

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 16/02/2016 às 9:07
gestante_destaque FOTO:

Imagem de grávida (Foto: Free Images) Vacinas recomendadas para as gestantes são seguras e eficazes, assegura OMS (Foto: Free Images)

Da Agência Brasil

A Organização Mundial da Saúde emitiu nota, na segunda-feira (15), assegurando que os boatos associando vacinas para grávidas com o aumento de microcefalia no País são falsos. “As vacinas que a organização recomenda para as gestantes e que são oferecidas no Sistema Único de Saúde (SUS) são seguras e eficazes”, diz o comunicado da organização.

Leia também:

» É hora de desfazer os boatos em torno do vírus da zika

» Gestantes devem evitar viajar para países onde circula o zika, aconselha OMS

O esclarecimento veio depois de uma série de boatos sobre supostos casos de gestantes que tomaram vacinas vencidas ou vacina contra rubéola e tiveram bebês com a malformação na cabeça.

Na nota, a OMS esclarece que vacina contra a rubéola não está no calendário das grávidas e também que sua aplicação em mulheres que ainda desconheciam a gravidez não resultou em consequências negativas para o feto.

Mais de 70 milhões de doses do imunizante já foram administradas em mulheres em idade fértil no Brasil.

Segundo a organização, outras vacinas, como a contra o tétano neonatal e a contra a gripe, também podem ser aplicadas em grávidas com segurança para o bebê. A OMS reforça a importância de a população seguir todo o calendário de vacinação.

O Ministério da Saúde já havia desmentido os boatos e reforçado que as gestantes devem continuar tomando as vacinas destinadas a este público.

Em agosto de 2015, o ministério começou a registrar o aumento inesperado de casos de microcefalia no Nordeste. No final de novembro, a pasta confirmou que os casos tinham origem na infecção de gestantes pelo vírus zika, que começou a ter circulação registrada no Brasil em 2015.