Brinquedos usados no Carnaval podem oferecer risco aos olhos, alertam especialistas

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 07/02/2016 às 13:00
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olho-235 Além de irritação, brinquedos como espuminhas, pistolas d'água e lasers, podem causar queimaduras e lesões na córnea

os foliões que vão brincar o Carnaval devem ficar atentos aos brinquedos utilizados nessa época de ano que podem prejudicar a saúde dos olhos. Um deles é a famosa "espuma de Carnaval", proibida desde 2007 no Recife, e que continua sendo comercializada na capital pernambucana e Região Metropolitana. Além de irritação na pele, os sprays também podem causar sérios riscos aos olhos.

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Segundo a oftalmologista Catarina Ventura, do Instituto de Olhos Fernando Ventura (IOFV), produtos como espuma, detergente e shampoo possuem caráter abrasivo, o que pode causar queimaduras na córnea. "Se atingir o olho, a espuma pode provocar uma abrasão na córnea – que é o mais enervado dos órgãos do corpo humano. Isso, além de causar muita dor, pode levar a vítima a precisar de cuidados especiais durante a folia, acabando com a festa. Nos casos mais graves, pode ocorrer formação de úlcera, indicação de transplante de córnea ou, até mesmo, perda de visão", ressalta a médica.

O cuidado precisa ser estendido também aos brinquedos semelhantes que costumam aparecer nas festas: as perigosas canetas "laser" ou as aparentemente inocentes pistolas d’água. o primeiro, se apontado em direção aos olhos, pode causar cortes e queimaduras. Tudo por causa da amplificação da luz emitida pela radiação. "Dependendo do tempo de exposição, a vítima pode sofrer queimadura na retina e ter sérios prejuízos na leitura e na percepção de detalhes e cores de forma permanente", explica o especialista em retina Alexandre Ventura.

Já as pistolas d’água trazem dois tipos de problemas: o primeiro é que o conteúdo, na maioria das vezes, é de água misturada com outros produtos. O segundo é que, a depender da intensidade do jato, o disparo pode se assemelhar a uma pancada no olho. "É possível que haja traumas como descolamento de retina, por exemplo", finaliza o oftalmologista.