Saiba quais são os nutrientes que não podem faltar na alimentação das crianças

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/02/2016 às 12:16
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Imagem de criança se alimentando (Foto: Photl.com) Escolher os nutrientes corretos que devem entrar no cardápio diário dos pequenos pode garantir um desenvolvimento saudável no futuro (Foto: Photl.com)

Estabelecer uma rotina de alimentação equilibrada para as crianças pode parecer um desafio para os pais. Escolher os alimentos corretos que devem entrar no cardápio diário dos pequenos pode garantir um desenvolvimento saudável no futuro. O Casa Saudável conversou com um especialista no assunto e listou os quatro principais nutrientes que não podem faltar na alimentação das crianças.

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"De uma maneira geral, a criança tem que comer todos os constituintes necessários para um desenvolvimento saudável. E a alimentação do pequeno passa por questões muito culturais. Por isso é necessário ter em mente que uma criança saudável é aquela que consegue se alimentar de uma forma equilibrada", ressalta a pediatra Neise Montenegro. Confira as dicas da especialista:

1. Proteínas - Matéria prima para o desenvolvimento saudável das crianças. Na lista, as fontes animais (carne bovina, peixe, frango) e as fontes vegetais (os grãos, como chia, grão de bico, feijão).

2. Carboidratos - É uma das principais fontes de energia para o crescimento das crianças. Na lista, ingredientes como pães, cereais e arroz. Mas é preciso ter cuidado com a ingestão desse macronutriente. Em excesso pode aumentar a quantidade de gordura corporal e trazer danos ao organismo da criança no futuro.

3. Vitaminas - As vitaminas são micronutrientes orgânicos essenciais para o bom funcionamento do organismo, principalmente o das crianças, que está em plena fase de crescimento.

Nessa fase, os pequenos precisam de vitamina A para o desenvolvimento das células e da pele (encontrada na cenoura, batata doce e ovos, por exemplo). Já a vitamina C atua no aumento da imunidade e na estimulação do crescimento (frutas cítricas, brócolis e pimentão são fonte de vitamina C). Por último, a vitamina D, responsável pelo metabolismo do cálcio. Seu efeito é potencializado quando somos expostos ao sol. (Peixes e ovos são exemplos de alimentos ricos em vitamina D).

A reposição de vitaminas para crianças não é recomendada, salvo casos específicos. "Existem crianças que precisam repor alguns nutrientes, mas apenas por recomendação médica e em situações muito específicas", alerta a pediatra Neise Montenegro.

4. Outros micronutrientes - Os micronutrientes são necessários para o bom funcionamento do organismo. Além das vitaminas, os sais minerais são exemplos de micronutrientes, substâncias necessárias ao organismo assim como os macronutrientes (proteínas, carboidratos e gorduras só que em quantidades bem menores.

Entre eles, o Ferro, que previne a anemia e ajuda no transporte do oxigênio. (carne vermelha, feijão, ovo e alguns grãos). O cálcio é vital para o crescimento saudável dos ossos e dos dentes das crianças. (Leite e derivados do leite são fontes ricas em cálcio). Já o zinco é um forte protetor do sistema imunológico. As principais fontes de alimentos ricos em zinco carne de vaca, frango e de peixe, fígado, grãos integrais, castanhas, cereais, legumes e tubérculos.

O que evitar!

Alguns alimentos podem destruir a rotina saudável dos pequenos. E o pior, o hábito de consumi-los frequentemente pode acabar "viciando" o paladar da criança.  Alimentos com corante ou conservante devem ser evitados no cardápio, assim como o açúcar em excesso. "Nossa população, de maneira geral, tem a mania de associar lanche a guloseimas e esse costume está errado. Quando a criança consome açúcar em excesso,  o organismo não vai metabolizá-lo, além de criar um paladar inadequado no pequeno. A chance da criança deixar de gostar de outros alimentos saudáveis pode ser maior, trazendo consequências para o futuro", explica a pediatra.

Alimentos ricos em gordura saturada também são um vilão para os querem montar um cardápio saudável para os filhos desde a primeira infância. "O número de células gordurosas da gente é determinada nos primeiros anos de vida. E o acúmulo dessas células e vai trazer consequências numa fase mais tardia. Por isso, os alimentos ricos em gordura saturada devem ser evitados", ressalta.