Cientistas descobrem novos subtipos de cânceres do cérebro

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/01/2016 às 17:00
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Imagem ilustrativa de cérebro (Foto: Wikimedia Commons) Nova classificação traz sete subtipos de gliomas, mais comum e mais agressivo tipo de tumor que surge no encéfalo, dois deles nunca antes descritos (Foto: Wikimedia Commons)

Da Agência USP de Notícias

Cerca de 9% dos pacientes que têm um glioma — o mais comum e mais agressivo tipo de tumor que surge no encéfalo —progridem de forma diferente do previsto no diagnóstico: ou sobrevivem por mais tempo, ou tinham um tumor mais grave que o estimado pelos médicos. A partir desta constatação, cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), da USP (Universidade de São Paulo), resolveram buscar uma nova forma de classificar esses cânceres, baseada na análise dos genes e dos mecanismos que controlam os genes dentro das células – a epigenética. Foram usadas as ferramentas mais avançadas para estudos de cânceres atualmente, que são consideradas o futuro do diagnóstico e do tratamento em oncologia.

A nova classificação traz sete subtipos de gliomas, dois deles nunca antes descritos. O estudo, publicado nesta quinta-feira na revista científica Cell, também aponta novos caminhos para se buscar tratamentos. A Cell é o mais importante periódico na área de biologia molecular, segundo o índice JCR, feito pela Thomsom Reuters, que mede o impacto dos artigos das revistas científicas.

A pesquisa envolveu 46 cientistas, de 22 instituições, em seis países. Do Brasil, foi liderada por Houtan Noushmehr, coordenador do laboratório OMICs, da FMRP. Outros autores-sênior foram Antonio Iavarone, professor de neurologia da Universidade de Columbia, em Nova York (EUA) e Roel Verhaak, professor de bioinformática do Instituto MD Anderson, no Texas (EUA).

Entre os autores principais estão Tathiane Malta, pós-doutoranda, e Thais Sabedot, mestre em bioinformática, ambas do laboratório Omics. Elas fizeram a análise da metilação de DNA desses tumores – um dos mecanismos que “liga” ou “desliga” os genes das nossas células. Foi justamente a metilação de DNA que permitiu reclassificar os gliomas.

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