Parceria em pesquisa vai buscar soro contra o vírus zika

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 25/01/2016 às 6:04
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) FOTO: (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Aedes aegypti é transmissor não apenas do vírus zika, mas também da dengue e da chicungunha (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) Aedes aegypti é transmissor não apenas do vírus zika, mas também da dengue e da chicungunha (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

O Instituto Vital Brazil firmou parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para a produção de soro contra o vírus zika. O objetivo é tratar indivíduos que já estão contaminados pelo vírus. A expectativa é que o soro inative o vírus imediatamente após a aplicação, o que poderia reduzir os casos de microcefalia ligados ao zika.

“Vamos trabalhar com o intuito de que a ação desse soro seja como a do soro contra a raiva. Quando aplicado, o vírus é imediatamente inativado no paciente. No caso de mulheres grávidas, acreditamos que, se aplicado assim que confirmado o diagnóstico, evitaremos que o vírus aja no sistema neurológico do feto”, explicou o presidente do instituto, Antônio Joaquim Werneck. A expectativa é que o soro fique pronto em três anos.

A parceria foi anunciada na última segunda-feira (18), durante Workshop Núcleo Zika Vírus, realizado pelo Parque Tecnológico da UFRJ, a Agência Rio Negócio e o Polo de Inovação em Saúde da UFRJ. A reunião, que contou com a participação de virologistas, epidemiologistas, engenheiros de bioprocessos, médicos e bioquímicos, teve o objetivo de estabelecer parcerias com entes públicos e privados para transformar descobertas acadêmicas em produtos para a saúde da sociedade.