Cuidado com a doença do beijo no Carnaval

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/01/2016 às 11:29
Beijar eleva os batimentos cardíacos de 70 para 150 batimentos por minuto (Foto: Reprodução)
Beijar eleva os batimentos cardíacos de 70 para 150 batimentos por minuto (Foto: Reprodução) FOTO: Beijar eleva os batimentos cardíacos de 70 para 150 batimentos por minuto (Foto: Reprodução)

Beijo no Carnaval Conhecida como a doença do beijo, a mononucleose é bastante comum no Carnaval (Foto: Chico Pôrto/Acervo JC Imagem)

Carnaval é tempo de muita festa, música, bastante calor e alguns beijos em desconhecidos que esbarramos durante os dias da folia de Momo. Mas é preciso ficar atento a uma doença que atende pelo nome de mononucleose infecciosa. Também conhecida como "doença do beijo", é causada por um vírus que pode ser contraído por meio da saliva. O alvo principal são jovens entre 15 e 25 anos.

Segundo o infectologista Danylo Palmeira, do Hospital Jayme da Fonte, alguns dos fatores que influenciam a transmissão da doença são más condições de higiene e grande concentração de pessoas em espaços pequenos, o que facilita a dispersão do vírus. O período de incubação do vírus pode chegar a até 45 dias.

Alguns dos sintomas da doença são: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, desconforto abdominal, vômitos, dores musculares e perda de apetite. Por causa da semelhança dos sintomas com os de uma forte gripe ou amigdalite bacteriana, muitas pessoas infectadas recorrem à automedicação. O ideal, no entanto, é procurar um médico. "É importante que o paciente evite a automedicação e que o diagnóstico da mononucleose seja preciso. No exame físico, é possível encontrar gânglios inchados na região do pescoço e amídalas inflamadas, mas só um exame de sangue é capaz de confirmar a doença”, explica o especialista.

A mononucleose não possui vacina nem um tratamento específico. Seu tratamento consiste em combater os sintomas com antitérmicos, analgésicos e, após indicação médica, anti-inflamatórios. "A mononucleose é uma virose de evolução geralmente benigna, entretanto pode evoluir para complicações como meningite, encefalite, anemia hemolítica e rompimento do baço”, alerta o infectologista.