Pernambuco é 1º lugar em transplantes de coração, medula óssea e rim N/NE

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 14/01/2016 às 13:16
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Pernambuco teve aumento no número de transplantes de órgãos sólidos, como coração e rim (Foto: Free Images) Pernambuco teve aumento no número de transplantes de órgãos sólidos, como coração e rim (Foto: Free Images)

Em 2015, Pernambuco ocupou o primeiro lugar no número de transplantes de coração, medula óssea e rim no Norte e Nordeste, além da segunda colocação em coração e medula óssea no País. Os dados recém-divulgados são da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) e são referentes ao período de janeiro e setembro de 2015.

Confira o balanço:

» 255 transplantes de rim (aumento de 16% em relação ao mesmo período de 2014, que registrou 218)

» 36 de coração (aumento de 111 – foram 17 no mesmo período de 2014)

» 166 de medula óssea (um leve aumento de 0,1% - foram 164 em 2014).

“Tivemos um aumento expressivo no número de transplantes de órgãos sólidos, como coração e rim. No caso da medula óssea, temos que chamar a atenção do público da importância da doação para voltarmos a ter a fila de espera zerada para esse tecido”, afirma a coordenadora da Central de Transplantes de Pernambuco (CT-PE), Noemy Gomes.

Outro dado importante divulgado pela ABTO é que, no Brasil, Pernambuco é o primeiro do Norte e do Nordeste e o quinto no número de potenciais doadores entre janeiro e setembro de 2015. São pessoas com diagnóstico de morte encefálica aptas a doar órgãos e tecidos. Contudo, das 429 pessoas que poderiam doar, apenas 124 (29%) efetivaram o gesto de solidariedade. Isso coloca o Estado no segundo lugar de doações efetivas no Norte e no Nordeste - e o oitavo no Brasil.

“A recusa familiar para a doação de órgãos e tecidos do ente querido ainda é o principal entrave para diminuir a fila de espera por um transplante. Sabemos que esse é um momento de extrema dor, mas as pessoas precisam desmistificar a doação, conversar sobre o tema em vida e perceber que muitos pacientes dependem disso para viver. Esse é procedimento seguro e legal. Não há danos para o corpo do doador e a morte encefálica é irreversível”, ressalta Noemy Gomes.