A importância da assistência ao recém-nascido com microcefalia

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/01/2016 às 13:16
microcefalia destaque FOTO:

Imagem da barra do combate ao mosquito

Imagem de mulher segurando bebê com microcefalia (Foto: Diego Nigro / JC Imagem) Protocolo de Atenção à Saúde para Microcefalia, do Ministério da Saúde, recomenda a manutenção dos cuidados ao recém-nascido (Foto: Diego Nigro/JC Imagem)

Os recém-nascidos com suspeita de microcefalia devem passar por exame físico, que inclui a medição do perímetro cefálico. São considerados bebês com microcefalia aqueles com circunferência igual ou menor do que 32 centímetros. Além disso, eles devem ser submeter a exames neurológicos e de imagem, como a ultrassonografia transfontanela, que é a primeira opção indicada para avaliação neurológica segundo o Ministério da Saúde.

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A tomografia de crânio, sem contraste, só será necessária se a ultrassonografia transfontanela mostrar que o recém-nascido apresenta a moleira fechada e se, após os exames laboratoriais e a ultrassonografia transfontanela, ainda exista dúvida em relação ao diagnóstico.

Os bebês também devem passar pelas triagem neonatal, como o teste da orelhinha, capaz de detectar se há alguma alteração auditiva. Deve ser realizado preferencialmente entre 24 horas e 48 horas de vida. Se diagnosticada a perda auditiva, a criança deverá ser encaminhada para a reabilitação em serviço de referência em reabilitação auditiva.

Também é recomendada a triagem ocular neonatal. O teste do olhinho faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser feito ainda na maternidade. E o teste do pezinho também deve ser realizado.

É importante reforçar que a amamentação deve ser a principal fonte de alimentação do recém-nascido, sendo exclusiva até os 6 meses. Não há evidências de transmissão do vírus zika por meio do leito materno.