Vacinação: Confira as quatro mudanças no calendário, como alteração no esquema da pólio

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/01/2016 às 13:37
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Imagem de criança recebendo a vacina contra poliomielite (Foto: Inaldo Menezes/PCR/Divulgação) A vacina oral poliomielite continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, 4 anos e anualmente durante a campanha nacional para crianças de 1 a 4 anos (Foto: Inaldo Menezes/PCR/Divulgação)

Os postos de saúde de todo o País já estão com novo calendário de vacinação para 2016. Estão sendo alteradas doses de reforço para vacinas infantis contra meningite e pneumonia, além do esquema vacinal da poliomielite e o número e doses da vacina de HPV, da qual não será mais necessária a terceira dose.

As mudanças, realizadas pelo Ministério da Saúde, começaram a valer na segunda-feira (4). Confira:

1. Pneumocócica 10 valente

Para os bebês, a principal diferença será a redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente para pneumonia. A partir de agora, será aplicada em duas doses, aos 2 e 4 meses, seguida de reforço preferencialmente aos 12 meses, mas poderá ser tomado até os 4 anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três doses mais um reforço.

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2. Vacina de HPV

Outra mudança está relacionada à vacina papiloma vírus humano (HPV). O esquema vacinal passa para duas doses. A menina deve receber a segunda seis meses após a primeira, deixando de ser necessária a administração da terceira dose. Os estudos recentes mostram que o esquema com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de 9 a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre de 9 a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.

3. Pólio

Já a terceira dose da vacina contra poliomielite, administrada aos 6 meses, deixa de ser oral e passa a ser injetável. A mudança é uma nova etapa para o uso exclusivo da vacina inativada (injetável) na prevenção contra a paralisia infantil, tendo em vista a proximidade da erradicação mundial da doença. No Brasil, o último caso foi em 1989.

A partir de agora, a criança recebe as três primeiras doses do esquema (aos dois,  quatro e seis meses de vida) com a vacina inativada poliomielite (VIP) de forma injetável. Já a vacina oral poliomielite (VOP) continua sendo administrada como reforço aos 15 meses, 4 anos e anualmente durante a campanha nacional, para crianças de 1 a 4 anos.

4. Vacina meningocócica C 

Também há mudança da vacina meningocócica C (conjugada), que protege as crianças contra meningite causada pelo meningococo C. O reforço, que anteriormente era aplicado aos 15 meses, passa a ser aplicado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

Saiba mais

Atualmente, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de 300 milhões de imunobiológicos anualmente, entre vacinas e soros, além de oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação.