Como tratar o refluxo gastroesofágico em bebês?

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/01/2016 às 15:12
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Cólicas é uma das causas de choro dos bebês e atingem75% deles nos primeiros três meses de vida (Foto: Free Images) Vômitos frequentes e dificuldade para mamar são alguns dos sintomas do refluxo gastroesofágico em bebês (Foto: Free Images)

Vômitos frequentes, dificuldade para mamar, sono agitado e otites são alguns dos sintomas apresentados pelo bebê que, juntos, podem levar a um diagnóstico: o refluxo gastroesofágico. O problema, caracterizado pelo retorno dos alimentos do estômago para o esôfago, se manifesta nos primeiros meses de vida e regride até o sexto mês. Normalmente, trata-se de um refluxo fisiológico normal, mas alguns casos podem colocar em risco a vida dos pequenos.

Quando o refluxo é normal, tudo indica que o problema reflete apenas a imaturidade do aparelho digestivo da criança. Mas também é preciso observar quando as golfadas têm um volume maior e acontecem muitas vezes, assim a doença passa a ser mais grave e pode levar à dificuldade respiratória, desnutrição, dor no abdômen e pneumonia de repetição. Nesses casos, a recomendação é procurar um pediatra ou gastroenterologista para investigar o problema.

Na maioria das vezes, o tratamento de refluxo gastroesofágico em bebês é baseado em orientações para a amamentação, posições corretas para dormir e outras condutas que não permitam o refluxo. Alguns pequenos podem precisar tomar medicamentos. E, apesar de raro, alguns casos precisam de intervenção cirúrgica. "Quando a criança se encontra com dificuldade de ganho de peso, internamentos frequentes para tratamento de infecções respiratórias ou com doença secundária a uma malformação do esôfago, como na atresia de esôfago onde a associação com refluxo é frequente, é necessária a intervenção cirúrgica", explica a cirurgiã pediátrica Roberta Leal, da CIPPE (Cirurgia Pediátrica de Pernambuco).