Cirurgia bariátrica: Hospital Agamenon Magalhães triplica número de procedimentos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/01/2016 às 13:29
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A explicação para uma silhueta mais rechonchuda está principalmente no estilo de vida maléfico (Foto: Free Images) A obesidade mórbida é uma doença crônica que atinge atualmente cerca de 300 milhões de pessoas no mundo (Foto: Free Images)

A reformulação do Programa de Gastroplastia do Hospital Agamenon Magalhães (HAM), no Recife, promete tornar mais curta a espera de quem necessita de cirurgia bariátrica. Com um grupo multidisciplinar formado exclusivamente para tratar a obesidade mórbida, o serviço fez o número de procedimentos passar de 12 (em 2014) para 38 (em 2015). Agora, a meta do HAM é chegar a 80 cirurgias bariátricas por ano.

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“A cirurgia bariátrica busca a saúde. Ela tem forte impacto sobre a diabetes, a hipertensão e reduz os riscos de infarto e acidente vascular cerebral. Ou seja, melhora a qualidade de vida do paciente”, explica o chefe da cirurgia geral do HAM, Sérvio Fidney.

Segundo ele, alguns fatores foram determinantes para o aumento da produção no programa. “Conseguimos otimizar a utilização dos leitos de unidade de terapia intensiva e tivemos reforço importante no bloco cirúrgico, com a recuperação de uma mesa de operação que já existia no hospital e a compra de outra nova”, diz.

Além de três cirurgiões, a equipe do Programa de Gastroplastia do HAM conta ainda com nutricionista, psicólogo, assistente social e agora está incorporando um médico endocrinologista e outro cardiologista. “Esse tipo de paciente quase sempre tem uma série de complicações e precisa de um olhar diferenciado, de um acompanhamento multidisciplinar”, afirma Sérvio.

O serviço de anestesia da unidade também tem sido fundamental para o crescimento no número desses procedimentos na unidade. “A implantação do consultório de avaliação pré-anestésica do paciente candidato à cirurgia bariátrica foi fundamental para melhor avaliação do risco e indicação rotineira ou não de unidade de terapia intensiva no pós-operatório”, ressalta a diretora do HAM, Cláudia Miranda.

A obesidade mórbida é uma doença crônica de difícil tratamento e tem se tornado importante problema de saúde pública, pois atinge atualmente cerca de 300 milhões de pessoas no mundo. No Recife, além do Agamenon Magalhães, a cirurgia bariátrica é oferecida no Hospital das Clínicas (HC) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc).

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