Plantas da Caatinga ajudam a combater o Aedes aegypti

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 02/01/2016 às 10:44
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)
(Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem) FOTO: (Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem)

Imagem da barra do combate ao mosquito

OMS estima que 3 bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção das doenças causadas pelo Aedes aegypti em todo o mundo (Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem) OMS estima que 3 bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção das doenças causadas pelo Aedes aegypti em todo o mundo (Foto: Rodrigo Lôbo/JC Imagem)

O pesquisador do Núcleo de Bioprospecção e Conservação da Caatinga, rede articulada pelo Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI), Alexandre Gomes, afirma que óleos essenciais de Commiphora leptophloeos, nome científico da umburana, ajudaram a combater o mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, chicungunha e zika.

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O próximo passo é isolar os compostos presentes no óleo e testá-los separadamente. "A proposta é desenvolver um biopesticida com compostos de plantas da Caatinga que possa contribuir para amenizar um problema tão urgente hoje na sociedade brasileira", afirmou o pesquisador. Ele ressalta que o uso indiscriminado pode favorecer a resistência dos mosquitos aos inseticidas.

Os estudos também concluíram que a ação de óleos essenciais de Eugenia brejoensis, conhecida com cutia, uma espécie da família Myrtaceae (família da pitanga e goiaba), foi considerada moderada, sendo capaz de exterminar até 50% das larvas dos mosquitos nos testes, com uma dose de 214,7 ppm (parte por milhão).

As plantas foram coletadas no Parque Nacional do Catimbau, em Pernambuco, mas também podem ser encontradas em Sergipe e no Espírito Santo.

No mundo

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que três bilhões de pessoas estejam vivendo em áreas com risco de infecção das doenças causadas pelo Aedes aegypti em todo o mundo. Todos os anos, cerca de 50 milhões de casos de dengue são registrados no mundo, sendo que 500 mil são considerados graves, e 21 mil resultam em morte.

Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Ciência e Tecnologia