Oftalmologista explica as principais características e diferenças dos problemas de visão mais comuns: miopia, astigmatismo e hipermetropia (Foto: Divulgação)
Problemas oculares são tão comuns que certamente você conhece alguém que precise usar lentes corretivas para enxergar bem. Ou pelo menos já ouviu falar dos distúrbios da visão mais comuns: miopia, astigmatismo e hipermetropia. No entanto, a maioria das pessoas não sabe distinguir as principais características dessas irregularidades. A oftalmologista Rafaela Aguiar, do Hospital dos Olhos de Pernambuco (Hope) explica as diferenças entre as três imperfeições. Confira:
Miopia
Nesse distúrbio de refração, os raios luminosos formam o foco antes da retina, afetando a capacidade da pessoa de focar objetos distantes. "Isso porque o foco da imagem de projeta antes da retina. A visão fica turva e aumenta o diâmetro para trás. De 30% a 40% da população asiática tem esse problema. É uma falha ocular muito comum entre os asiáticos e descendentes", explica a oftalmologista.
Hipermetropia
A hipermetropia é uma anomalia da refração ocular que se caracteriza pela dificuldade enxergar de perto. Ocorre quando o olho é um pouco menor do que o normal, provocando uma focalização errada da imagem, que se forma após a retina. "Nesse caso, a imagem se forma antes da íris. Normalmente, pessoas com hipermetropia também possuem estrabismo, mais conhecido como vesgueira. Elas têm desvio para dentro, o que chamamos de estrabismo convergente", explica Rafaela Aguiar.
Astigmatismo
O astigmatismo é um defeito óptico resultante de uma irregularidade na superfície da córnea ou, em alguns casos, no cristalino do olho. Nesta imperfeição, a imagem se forma em vários focos, em eixos diferenciados. "A imagem se forma em vários pontos da retina e a dificuldade existe tanto para enxergar de perto, quanto para longe", explica a médica. O astigmatismo também está relacionado à doença ocular ceratocone, que a degeneração da córnea, ocasionada pela vista cansada, dentre outra fatores.
Vale lembrar que em todos os casos as falhas podem ser corrigidas com o uso de óculos, lentes de contato ou, em casos mais específicos, com a realização da cirurgia refrativa. O grau indicado pelo oftalmologista muda o ponto de convergência dos raios de luz que penetram no olho, fazendo com que a imagem seja formada no local correto do olho, que é na retina.
