Médicos avaliam saúde ocular dos bebês com microcefalia

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 14/12/2015 às 12:33
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No colo da avó Ana Paula Silva, a menina Ágata, 3 meses, passa por exame oftalmológico (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem) No colo da avó Ana Paula Silva, a menina Ágata, 3 meses, passa por exame oftalmológico (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem)

Cerca de 40 bebês com microcefalia passaram por atendimento oftalmológico gratuito, na manhã desta segunda-feira (14), na Fundação Altino Ventura (FAV), no bairro da Boa Vista, área central do Recife. A maioria deles foi encaminhado pelo Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), que têm acompanhado os novos casos da malformação em Pernambuco. Na FAV, eles foram submetidos a uma série de exames porque os médicos querem investigar se a microcefalia causou comprometimento da visão. A instituição continua os atendimentos na tarde desta segunda-feira (14).

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“Precisamos fazer uma avaliação ampla para analisar se os problemas oftalmológicos que os bebês possam apresentar tem relação com o vírus zika. Em geral, temos observado nos bebês alterações que podem indicar baixa visão, mas ainda não há um padrão de complicações estabelecido para esses casos mais recentes de microcefalia”, disse a oftalmopediatra Liana Ventura, presidente da FAV.

Ela lembra que o próximo mutirão acontece, no dia 18, no Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), na Ilha do Leite (área central do Recife), e será voltado para atendimento a pacientes da rede privado de saúde, a partir das 7h. No dia 11 da janeiro, a FAV promove uma nova rodada de atendimentos.

As mães também foram avaliadas durante a triagem realizada na manhã de hoje. “Também precisamos saber se elas apresentam algum grau de comprometimento ocular causado ou não pelo vírus zika”, informou Liana.

No fim do atendimento, todos os bebês receberam encaminhamento para o Centro Especializado em Reabilitação Menina dos Olhos da FAV, onde passarão por programas específicos de reabilitação visual e de estimulação precoce.