Mulheres devem ficar atentas a infecção urinária na gravidez

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/12/2015 às 9:00
gravida-235 FOTO:

Imagem de grávida (Foto: Free Images) Urina da gestante contém mais nutrientes, o que propicia meio mais rico pra proliferação e crescimento de bactérias e surgimento da infecção urinária (Foto: Free Images)

Durante a gravidez, o corpo da mulher passa por mudanças fisiológicas que podem provocar alterações em todo o organismo. Por isso, os médicos recomendam que a paciente tenha cuidado redobrado com a saúde para evitar algumas doenças comuns nesse período, a exemplo da pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e a infecção do trato urinário (ITU), a já conhecida infecção urinária. Essa última complicação acomete, principalmente, mulheres nos três primeiros meses de gravidez.

O problema pode atingir cerca de 10 a 20% das mulheres grávidas, ocupando o terceiro lugar na lista de intercorrências clínicas mais comuns entre as gestantes. Isso porque a urina da mulher grávida contém mais nutrientes como glicose e aminoácidos, o que propicia um meio de cultura mais rico pra proliferação e crescimento de bactérias. "As toxinas liberadas pelas bactérias, levam à contração do útero podendo desencadear um trabalho de parto prematuro, diminuição do crescimento fetal intrauterino (recém nascidos com baixo peso), aborto, aumento da incidência de anemia, hipertensão gestacional e até morte fetal e materna, por sepsis. Há risco ainda de desencadear aumento de pneumonias e asma na infância", explica a nefrologista Ângela Santos, diretora da Uninefron.

A infecção pode ser apresentada por cistite (em média de 9% dos casos) ou pielonefrite (infecção mais grave, que atinge os rins e ocorre em media em 2% dos casos).