Conhece a cirurgia refrativa? Saiba mais sobre a correção de problemas de visão

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 01/12/2015 às 11:48
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Imagem de olho (Foto: Free Images) A cirurgia refrativa corrige o grau dos óculos e deixa os pacientes parcial ou completamente livres de óculos ou lentes (Foto: Free Images)

Os problemas de visão muitas vezes nos levam ao uso obrigatório de óculos ou lentes de contato, mas nem todos os pacientes se sentem confortáveis com o uso desses acessórios de correção de grau. Em alguns casos, é possível recorrer às cirurgias refrativas, procedimentos que corrigem o grau dos óculos e deixam os pacientes parcial ou completamente livres de óculos ou lentes. O tratamento é indicado para pessoas de qualquer idade a partir dos 18 anos, salvo alguns critérios a serem observados para a realização do procedimento.

"Existem vários tipos de cirurgia, dependendo do objetivo a ser alcançado, das características específicas da córnea e de estruturas oculares de cada paciente. Algumas variações no grau podem ocorrer mesmo quando o grau anterior já era considerado estacionado. Na grande maioria dos casos, podemos fazer alguns retoques para ajuste final a fim de chegarmos ao grau desejado", explica a oftalmologista Nara Galvão, do Hospital da Visão de Pernambuco (Hvisão). as cirurgias se concentram principalmente na córnea, de modo a corrigir a estrutura desse tecido em função do grau de miopia, astigmatismo ou hipermetropia do paciente e variam conforme a quantidade de grau a ser corrigido. "O que temos de mais moderno hoje é a cirurgia realizada com os lasers, chamados Femto Lasers. Eles tornam o corte realizado na córnea altamente personalizado, específico, seguro e muito mais fino”, explica a especialista.

Em casos mais elevados, há a possibilidade de implante. "Ainda há a possibilidade de implantes de lentes quando se tratam de graus muito elevados e córneas muito finas. A própria tecnologia usada para cirurgia de catarata pode ser usada como cirurgia refrativa", pontua Nara Galvão.

A cirurgia oferece poucos riscos, tem duração de alguns minutos e não exige internamento pré ou pós-operatório. Geralmente, a pessoa está apta a voltar às atividades normais em até dois dias após a cirurgia. Os resultados começam a aparecer em torno de duas ou três semanas. “Os maiores receios são em relação à dor. Habitualmente não dói, mas gera certo desconforto e sensação de corpo estranho inicialmente, mas um bom analgésico já é suficiente. Há também um embaçamento nas primeiras horas”, afirma.

Qualquer paciente com idade a partir dos 18 anos pode realizar o procedimento. Vale ressaltar algumas restrições para a realização da cirurgia: o grau dos olhos estar estável por pelo menos um ano; a necessidade de interromper o uso de lentes de contato gelatinosas por pelo menos uma semana (no caso das rígidas, o prazo sobe para um mês); e, no caso das mulheres, é preciso não estar grávida ou em período de amamentação.