Ocorrências relacionadas a acidentes com escorpião lideram atendimentos no Ceatox

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/11/2015 às 12:43
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Neste ano, Ceatox já realizou 992 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos por meio de sua central telefônica (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem) Neste ano, Ceatox já realizou 992 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos por meio de sua central telefônica (Foto: Sérgio Bernardo/JC Imagem)

Durante todo o ano de 2014, o Centro de Assistência Toxicológica de Pernambuco (Ceatox/PE) realizou 968 atendimentos relacionados a acidentes com animais peçonhentos por meio de sua central telefônica (0800 7226001). Neste ano, até novembro, já são 992. No topo da lista, estão os casos que envolvem escorpião (602). Em seguida, as ocorrências envolvem serpentes (283).

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“O aumento no número de casos mostra principalmente que o Ceatox vem se consolidando como um importante instrumento da saúde pública pernambucana. É importante que a população saiba da existência do centro para que qualquer caso que envolva acidente com animal peçonhento possa ter o tratamento correto e, com isso, possam ser evitados óbitos ou sequelas no paciente”, diz a coordenadora do Ceatox, Lucineide Porto.

Em 2014, o Centro computou 629 acidentes com escorpião. Neste ano, já foram 602. “Os últimos óbitos por picada de escorpião registrados pelo Ceatox foram em 2012. Isso é possível por causa do encaminhamento correto do paciente para os centros de referência por meio da descentralização do soro para mais hospitais da Região Metropolitana do Recife e do interior”, ressalta Lucineide. Atualmente, todos os hospitais regionais contam com o soro, além dos hospitais da Restauração, João Murilo e Jaboatão Prazeres, na Região Metropolitana do Recife.

Além dos casos com escorpião, preocupam as ocorrências com serpentes, com 226 casos em 2014 e 283 até outubro deste ano. Em relação aos óbitos, não houve nenhum ano passado, mas já são dois este ano. A coordenadora do Ceatox indica levar a vítima imediatamente para um hospital de referência onde há soros antiofídicos. Na Região Metropolitana do Recife, há o antídoto no Hospital da Restauração (HR). Já no interior, nos hospitais regionais do Estado.

“Ainda em casa, a vítima pode lavar o local apenas com água e sabão e seguir para uma emergência. Não é indicado fazer torniquete, tomar qualquer tipo de remédio e colocar álcool e querosene no local”, diz Lucineide.

Ao encontrar uma cobra, o Ceatox indica nunca manuseá-las. Também é importante utilizar roupa de proteção individual adequada (botas e luvas) ao fazer trabalhos em locais com matos ou entulhos.