Partograma: Médicos debatem a importância do registro do trabalho de parto

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 26/10/2015 às 15:21
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O uso do partograma é uma medidas de estímulo ao parto normal (Foto: Divulgação) O uso do partograma é uma medidas de estímulo ao parto normal (Foto: Divulgação)

Partograma é um documento essencial, mas pouco conhecido pelas gestantes. Trata-se de um instrumento, exigido pelo Ministério da Saúde, de preenchimento obrigatório pelos médicos. É basicamente um gráfico que mostra a evolução do trabalho de parto, as condições da mãe e do feto. O preenchimento do partograma é uma exigência do Governo Federal e já é praticado na rede pública de saúde. A novidade é que os planos de saúde só podem realizar o pagamento dos procedimentos médicos com a apresentação do referido documento.

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Essa temática será discutida, nesta terça-feira (27), durante o seminário organizado pela clínica Biofeto na Associação Médica de Pernambuco (AMPE), no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 19h30. O evento é destinado a médicos obstetras e aborda também assuntos como a analgesia no parto normal e a assistência neonatal. As palestras serão ministradas pelos médicos Olímpio Moraes (partograma); Rui Lins (analgesia no parto normal) e José Henrique Moura (assistência neonatal).

Utilidade

Antes de qualquer coisa, o partograma mostra a evolução do parto e melhora o acompanhamento preciso do trabalho de parto e do final da gestação. Essa também é uma tentativa coibir a marcação de cesáreas com antecedência, atrelando o documento ao pagamento dos procedimentos médicos na rede privada de saúde. O parto cesárea é recomendado para gestantes com placenta envelhecida precocemente, que possuem diabetes descontrolada ou outras condições de saúde que não possibilitem o parto normal.

Para se preencher corretamente o partograma, o obstetra precisa observar e conduzir um trabalho de parto normal, acompanhar a dilatação cervical corretamente, os batimentos cardíacos fetais e anotar tudo da maneira certa no gráfico. O preenchimento do gráfico deverá seguir as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).