Câncer de mama: reconstrução mamária eleva autoestima e aumenta chances de recuperação

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 15/10/2015 às 12:00
câncer de mama destaque FOTO:

Imagem de mulher com fita rosa em referência ao Câncer de mama Reconstrução mamária entra como um suporte importante na recuperação da autoestima e saúde da paciente com câncer de mama (Helia Scheppa/Acervo JC Imagem)

Para muitas das mulheres que enfrentam uma batalha contra o câncer de mama, o processo de tratamento e cura da doença pode ser muito traumático, especialmente quando implica a retirada do seio. São nesses casos que a reconstrução mamária entra como um suporte importante na recuperação da autoestima e saúde da paciente.

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"A mama é o símbolo da feminilidade, por isso, ainda existe muito medo e preconceito devido à lesão da retirada da mama. Isso faz que a autoestima delas diminua. Nesses casos, a reconstrução é essencial, porque permite manter a forma quase original do seio, ajudando a paciente a superar o sofrimento causado pela mastectomia", avalia a cirurgiã plástica Nadyeshka Sales, do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) e Hospital Memorial São José.

Inúmeros avanços técnicos aperfeiçoaram a cirurgia reconstrutora das mamas nas últimas décadas, grande parte decorrente da maior compreensão da anatomia mamária e do aprimoramento dos cirurgiões fazendo com que os resultados das intervenções sejam cada vez mais satisfatórios. "Quando não é necessário retirar a mama inteira, é possível fazer um reposicionamento dos próprios tecidos mamários. Já nos casos de amputação total, algumas técnicas lançam mão de próteses e outras utilizam partes do próprio corpo para refazer a mama, tais como tecidos, gorduras, pele e músculos", explica.

Os cuidados no pós-operatório, alerta a especialista, são essenciais para a recuperação da paciente. "Elas precisam ficar atentas para que as próteses de silicone tenham boa procedência e registro, além de serem autorizadas pela Anvisa. É essencial conferir todas essas informações com o médico", reforça Nadyeshka. Outra precaução está relacionada aos fatores de risco. "Estudos apontam que as pacientes que têm sobrepeso ou obesidade têm mais chances de ter o câncer de mama. O controle de peso também é essencial, pois é um fator que ajuda após o tratamento de câncer, diminuindo inclusive a possibilidade da volta dele", finalizada a médica.