Consultas de rotina com o pediatra devem ser mantidas até os 19 anos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 08/10/2015 às 14:52
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Crianças não devem ser levadas ao pediatra apenas quando estão doentes (Foto: Free Images) Crianças não devem ser levadas ao pediatra apenas quando estão doentes. As consultas rotineiras são importantes até quando as crianças são mais crescidas, pois a relação de confiança que elas estabelecem com o médico é fundamental no processo de mudanças da maturidade (Foto: Free Images)

Já parou para pensar até que idade devemos o filho ao pediatra? De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o recomendado é até os 19 anos. “O acompanhamento do pediatra inicia antes do nascimento, durante as consultas do pré-natal. O profissional conhece a rotina da criança, as doenças que apresentou e está preparado para acompanhar o desenvolvimento até a adolescência”, diz o chefe da pediatria do Hospital Esperança Recife, Fernando Oliveira.

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Durante a gestação, por volta da 32ª semana, é indicado que ocorra a primeira consulta com o pediatra. Ele poderá orientar a futura mãe sobre os cuidados com o bebê, como a alimentação (com destaque para o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida). O médico também acompanha o bebê ainda na maternidade, quando orienta sobre a realização dos testes do pezinho, da orelhinha, do olhinho e de outros procedimentos fundamentais, o que inclui as primeiras vacinas.

Já a primeira ida ao consultório deve ocorrer até o 7º dia de vida do bebê. É nesse momento que o médico realiza o primeiro exame físico, avaliando medidas como peso, comprimento, circunferência cefálica, torácica e abdominal.

Após esse período, as consultas devem ocorrer uma vez por mês até o primeiro ano. Essa fase regular de consultas é chamada de puericultura. Nela, é avaliado o desenvolvimento da criança, podendo ser identificados quaisquer distúrbios de crescimento ou alimentar. Também é importante para a realização de exames periódicos e o acompanhamento do calendário de vacinação.

Com o passar do tempo, as consultas podem ser bimestrais ou trimestrais até que a criança complete quatro anos. A partir dessa idade, ela pode se tornar anual até os 19 anos. Vale salientar que essas são as recomendações para o acompanhamento de uma criança saudável e que o médico pode avaliar caso haja necessidade de aumentar a frequência das consultas.

“A criança não deve ser levada ao consultório apenas quando está doente. É importante que os pais sigam esse calendário, pois é fundamental para acompanhar o desenvolvimento da criança e identificar e tratar possíveis doenças, como as respiratórias, que são comuns nos pequenos. E as consultas rotineiras são importantes até quando as crianças são mais crescidas, pois a relação de confiança que se estabelece entre médico e paciente é fundamental para acompanhar as mudanças da maturidade”, salienta o pediatra.