Lítio tem efeito protetor em pessoas com transtorno bipolar, aponta pesquisa

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 05/10/2015 às 17:00
medicamento-235 FOTO:

Imagem ilustrativa de medicamentos (Foto: Free Images) Estudo mostra que ação do lítio potencializa a queda do estresse oxidativo e aponta como a medicação controla os sintomas depressivos do transtorno bipolar (Foto: Free Images)

Da Agência USP de Notícias

O tratamento com lítio proporciona efeito antioxidante e protetor para os sintomas de transtorno bipolar em pessoas que convivem com a doença, como mostra pesquisa do Instituto de Psiquiatria (IPq) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP). O trabalho do médico Rafael Teixeira de Sousa aponta que a ação do lítio, que potencializa a queda do estresse oxidativo, pode explicar como a medicação controla os sintomas depressivos. Os resultados da pesquisa vão auxiliar no desenvolvimento de tratamentos mais eficientes para a doença.

Leia também:

» Bipolaridade: um transtorno que pode dar as caras na adolescência

» Ministério da Saúde incorpora tratamento completo para transtorno bipolar

O transtorno bipolar é uma doença psiquiátrica em que se alternam períodos (episódios) de euforia ou extrema irritabilidade, chamado de “mania”, e períodos de humor depressivo. Os episódios de mania e depressão são marcados por mudanças extremas nos níveis de comportamento e energia dos pacientes. Nos períodos depressivos, por exemplo, a pessoa pode ter problemas para se concentrar, esquecer com facilidade, sentir-se cansada, indisposta, ter dificuldade para dormir e pensar em suicídio, entre outros sintomas.

Ao todo, foram estudados 31 pacientes no ambulatório do Laboratório de Neurociências do IPq, em sua maioria pacientes que nunca haviam recebido tratamento. “Existem evidências de que, no início do transtorno bipolar, os pacientes estão preservados de algumas alterações biológicas observadas com o passar do tempo, embora ainda não esteja claro como isso aconteça”, observa o médico. “O trabalho encontrou um aumento de mecanismos antioxidantes que pode proteger os cérebros dos pacientes na fase inicial da doença”, ressalta.

Confira a matéria completa no site da Agência USP de Notícias.