Movimento #VaiPorMim alerta para a gravidade do câncer de intestino

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 29/09/2015 às 7:04
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Imagem de vídeo com paciente diagnosticada com câncer de intestino (Foto: Divulgação) Iniciativa convida parentes de pacientes diagnosticados com câncer de intestino a falar sobre experiência com a doença na família (Foto: Divulgação)

Pensando em sensibilizar a sociedade para a gravidade do câncer de intestino, doença que atinge mais de 32 mil pessoas todos os anos e é fatal em 43% dos casos, a Associação Brasileira de Prevenção ao Câncer de Intestino (Abrapeci) apoia o movimento #VaiPorMim, iniciativa que aborda nas mídias digitais o tema de forma simples e interativa, com histórias reais de famílias que passaram pelo problema.

Para participar, é só gravar um vídeo incentivando aqueles que você ama a cuidar da saúde, fazendo exames preventivos e buscando o diagnóstico precoce da doença, terceiro tipo de câncer mais frequente em homens e o segundo que mais atinge as mulheres no Brasil. O vídeo estará disponível no site da campanha: www.movimentovaipormim.com.br.

"O câncer é uma doença que atinge não só o paciente, mas a todos a sua volta. No caso da neoplasia de intestino, quanto antes a doença for identificada melhores as chances do tratamento e de cura. Por isso vamos sensibilizar as pessoas por meio da única voz que elas escutam: a da própria família. Convidamos todos os brasileiros a se juntarem a nós nessa iniciativa e gravarem seus próprios vídeos fazendo esse apelo de cuidado pela família e, ao compartilhá-los, utilizar #VaiPorMim", ressalta Angelita Gama, presidente da Abrapeci e especialista no tratamento do câncer de intestino.

A campanha é uma ação promovida da Johnson & Johnson Medical Brasil e Roche, com apoio da Abrapreci, Sociedade Brasileira de Coloproctologia e NewContent.

A doença

Geralmente os tumores do intestino começam por pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. Ao realizar um exame preventivo - como a colonoscopia, e identificar esses pólipos, o médico pode fazer a remoção antes deles se tornarem malignos e, futuramente, se espalharem para outros órgãos.

Alguns sintomas podem alertar o paciente de uma anormalidade no intestino. "É preciso ficar atento a qualquer mudança no hábito intestinal, incluindo diarreia, constipação ou uma alteração na consistência das fezes; sangramento retal ou sangue nas fezes; desconforto abdominal persistente, como cólicas, dor ou gases; sensação de que o intestino não se esvazia completamente; fraqueza ou fadiga e perda de peso sem explicação", alerta o médico proctologista Ronaldo Salles.

Segundo o especialista, o tratamento para o câncer colorretal pode ser feito por meio de cirurgia em conjunto com outras terapias. "No caso da cirurgia, é retirada parte do intestino em que está localizado o tumor, assim como os linfonodos ou gânglios linfáticos. É por meio da análise desses gânglios que fazemos o estadiamento do câncer", explica Salles. Os tratamentos associados a cirurgias pode varia de paciente para paciente. Quimioterapia, radioterapia ou terapia-alvo são alguns dos métodos utilizados.

Exames diagnósticos de rotina são os principais aliados no diagnóstico precoce da doença. Já no que diz respeito à prevenção, um dos cuidados é uma alimentação saudável, rica em alimentos de origem vegetal, que pode inibir o desenvolvimento do câncer de intestino. De acordo com os especialistas, o consumo exagerado de carne vermelha e bebida alcoólica, baixa ingestão de cálcio, obesidade e falta de exercícios físicos são alguns dos fatores que aumentam o risco de desenvolvimento dessa doença.