Nesta segunda-feira, 21 de setembro, é celebrado o Dia Mundial da Conscientização sobre a Doença de Alzheimer, um distúrbio neurodegenerativo que atinge cerca de 35,6 milhões de pessoas no mundo. Somente no Brasil, dados da Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz) estimam 1,2 milhão de casos da doença que provoca diminuição das funções cognitivas. A data alerta para a importância de se identificar os sintomas do Alzheimer, uma vez que a maioria pode ser confundida com o processo natural de envelhecimento.
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Esquecimentos, principalmente com fatos recentes, prejuízo na orientação, atenção e linguagem são alguns dos sintomas da demência que atinge, normalmente, pessoas acima dos 60 anos. "Uma avaliação clínica, levando em consideração o histórico do paciente e a realização de exames para a exclusão de outras doenças, se faz necessária para diagnosticar o Alzheimer. Quanto antes for identificada, maiores serão as chances de controlar os sintomas e retardar o avanço da doença", explica Carolina Cunha, chefe da Neurologia do Hospital Esperança Recife.
A ciência ainda desconhece as causas do Alzheimer, mas sabe-se que as perdas neuronais acontecem gradativamente, subdividindo a doenças em três estágios: inicial, intermediário e avançado. A idade é o principal fator de risco. Após os 65 anos, o risco de desenvolver a doença dobra a cada cinco anos.
Apesar de não ter cura, o tratamento permite melhorar a qualidade de vida do paciente e da família que o acompanha. Medicamentos, exercícios que estimulem as funções cognitivas e atividades físicas são alguns dos métodos utilizados. "O paciente com Alzheimer tende a perder habilidades – como a capacidade de compreensão – e a autonomia para realizar tarefas corriqueiras, como pagar contas e fazer compras, por exemplo. Por isso é fundamental que a família se prepare para atender as necessidades de cuidados – alimentação, higiene, segurança – que poderão surgir", ressalta a especialista.
