Cirurgia é utilizada para combater sequelas do AVC

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 19/09/2015 às 7:04
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Imagem ilustrativa de radiografia de crânio (Foto: Free Images) Pesquisadores estão fazendo estimulação cerebral elétrica por intermédio de eletrodos implantáveis sobre a região afetada após o AVC (Foto: Free Images)

Da Agência USP de Notícias

Pesquisadores da Neurocirurgia e da Neurologia do Hospital das Clínicas, da Faculdade de Medicina da USP (HCFMUSP) realizaram uma intervenção cirúrgica inédita para amenizar as sequelas do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi) da região do cerebelo, responsável pela coordenação dos movimentos e da marcha. Trata-se da estimulação cerebral elétrica por intermédio de eletrodos implantáveis sobre a região afetada após o AVCi. Os resultados do estudo são descritos em artigo publicado na revista científica Parkinsonism and Related Disorders.

"Uma paciente de 52 anos de idade, submetida ao procedimento em abril de 2014, apresenta melhora significativa na marcha, escrita e manipulação de objetos”, explica o titular da Neurocirurgia, Manoel Jacobsen Teixeira. Na cirurgia, um cabo-eletrodo, constituído de fios condutores com eletrodos em suas pontas, foi implantado no cérebro da paciente. Uma extensão, conectada ao cabo-eletrodo, passou sob a pele desde a cabeça, pescoço até a parte superior do peito, onde foi implantado o neuroestimulador, que produz os pulsos elétricos necessários à estimulação.

Esses pulsos elétricos, de baixa intensidade, são transportados para a região alvo do cerebelo, com ajustes feitos pelo médico. A estimulação dessa região por pulsos elétricos bloqueia os sinais que causam os sintomas motores incapacitantes da doença e o paciente consegue ter maior controle sobre seus movimentos corporais e coordenação, com melhora na qualidade de vida.

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