Para prevenir AVC, Sociedade Brasileira de Neurocirurgia recomenda mudança de hábitos

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 10/09/2015 às 10:46
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Imagem de cérebro (Foto: Free Images) O AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, causando sangramento intracraniano (Foto: Free Images)

A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) faz recomendações importantes para a prevenção do acidente vascular cerebral (AVC) através do Projeto Pense Bem, que traz dicas que explicam como é possível evitar acidentes e sequelas no cérebro, na medula e nos nervos periféricos.

Conhecido popularmente como derrame, o AVC é classificado em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. O primeiro é decorrente de uma obstrução de um vaso sanguíneo cerebral, ocasionando a falta de fornecimento sanguíneo na região afetada. Já o AVC hemorrágico ocorre quando um vaso sanguíneo cerebral se rompe, causando sangramento intracraniano. Em ambos os casos, o serviço de saúde deve ser acionado imediatamente. O atendimento precoce diminui o risco de sequelas e morte.

As principais causas para o AVC são a hipertensão arterial (principalmente se aliada a hábitos como o tabagismo e o alcoolismo), o aumento dos níveis de colesterol, a diabetes, as doenças do coração e o uso inadvertido de anticoncepcionais orais. Obesidade, alimentação com altos teores de gordura e estresse também aumentam a incidência da doença. Outro fator é o uso de drogas ilícitas que podem provocar o AVC.

O número de internações de pessoas entre 15 e 34 anos que sofreram AVC aumentou 21% entre os anos de 2007 e 2011, segundo o Ministério da Saúde. “Esse aumento é resultado das mudanças de hábito de vida adotadas pela população mais jovem nos últimos anos, que está inserida em uma sociedade cada vez mais competitiva e sujeita ao estresse, o que torna os casos de AVC mais comuns entre pessoas jovens”, lamenta o neurocirurgião Benjamim Pessoa Vale, conselheiro da SBN.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que o AVC é responsável pela morte de cinco milhões de pessoas no mundo a cada ano. No Brasil, a doença mata mais do que o infarto e acomete mais de 100 mil pessoas por ano, de acordo com o Ministério da Saúde.

“Os riscos podem ser minimizados desde que a pessoa esteja disposta a adotar medidas não medicamentosas que podem reduzir a pressão arterial e contribuir para a prevenção do AVC, como redução do consumo de sal, gorduras e álcool, alimentação adequada, realização de atividade física regular e controle do peso, além da adoção de um estilo de vida menos estressante”, recomenda o especialista.