Pesquisa avalia relação entre padrões de sono e epilepsia

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 23/08/2015 às 9:00
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Imagem de raio-x de cérebro (Foto: Free Images) Resultados devem contribuir para melhor entendimento da epilepsia, com impactos no diagnóstico, avaliação do prognóstico e na eficácia do tratamento (Foto: Free Images)

Da Agência Fapesp de Notícias

Com auxílio de uma técnica que combina simultaneamente exames de eletroencefalograma (EEG) e ressonância magnética funcional (RMF), pesquisadores brasileiros e ingleses tentam compreender a relação entre os padrões de sono e a epilepsia. Segundo os autores, os resultados deverão contribuir para um melhor entendimento da doença, com impactos no diagnóstico, avaliação do prognóstico e na eficácia do tratamento.

A colaboração envolve cientistas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de São Paulo (USP), Universidade de Nottingham e Universidade de Birmingham, na Inglaterra. Os trabalhos são realizados no âmbito do Instituto de Pesquisa sobre Neurociências e Neurotecnologia (BRAINN) – um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) apoiados pela FAPESP – e da Cooperação Interinstitucional de Apoio a Pesquisas sobre o Cérebro (CInAPCe). A pesquisa também é financiada por meio de um projeto selecionado em uma chamada de propostas lançada no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e as duas universidades inglesas.

“Nosso foco é a epilepsia generalizada, antigamente chamada de epilepsia idiopática ou primária. Nesses casos, as crises muitas vezes se manifestam durante o sono – principalmente durante a fase de transição de sono para vigília. Os episódios também costumam estar associados à privação de sono”, contou Fernando Cendes, pesquisador da Unicamp e coordenador do BRAINN.

De acordo com Cendes, essa forma da doença não tem uma causa bem definida e acredita-se que seja resultado de uma associação de fatores genéticos e ambientais. Não há prejuízos cognitivos e nem alterações estruturais visíveis no cérebro – possivelmente apenas em nível molecular. O principal sintoma da doença são as convulsões, resultantes de alterações súbitas na atividade elétrica do cérebro.

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