Embaixador da OMS vem a Pernambuco para conhecer ações de eliminação da hanseníase

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 12/08/2015 às 11:52
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O Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, é referência no atendimento aos pacientes com hanseníase (Foto:  Marcos Michael/Acervo JC Imagem) O Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, é referência no atendimento aos pacientes com hanseníase (Foto: Marcos Michael/Acervo JC Imagem)

O trabalho de combate à hanseníase em Pernambuco motivou o Ministério da Saúde (MS) a indicar o Estado para a visita do japonês Yohei Sasakawa, presidente da Nippon Foundation (maior fundação de caridade do Japão) e embaixador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Eliminação da Hanseníase. Sasakawa será recebido nesta quarta-feira (12), às 15h, pelo secretário de Saúde de Pernambuco, Iran Costa, na sede da Secretaria Estadual de Saúde (SES), no bairro do Bongi. Ele conhecerá a metodologia realizada pela SES para a erradicação da doença infecciosa em Pernambuco e as principais ações realizadas pelo Programa de Controle da Hanseníase e do Programa de Enfrentamento às Doenças Negligenciadas (Sanar).

O tratamento é gratuito, padronizado pela OMS e MS. É realizado nos postos de saúde e necessita que o paciente compareça à unidade uma vez por mês para tomar a medicação (dose supervisionada). O Hospital Otávio de Freitas (HOF), no bairro de Tejipió, Zona Oeste do Recife, e o Hospital Geral da Mirueira, em Paulista, Grande Recife, são referências secundárias estaduais no atendimento aos pacientes de hanseníase em Pernambuco. O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central da capital, é a referência terciária. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.

O percentual de cura tem se mantido estável ao longo dos anos, com mais de 80% dos casos registrados em Pernambuco.  Em 2012, foram 2.561 casos novos na detecção geral, com 82,3% de cura. E em 2013, o número de casos novos chegou a 2.604, com cura atingida de 81,2%. "Além de sermos o primeiro Estado brasileiro a desenvolver um programa específico para o enfrentamento dessas doenças, estamos alcançando metas para reduzir a hanseníase. Nossa metodologia servirá de exemplo para que seja colocada em prática em outros locais endêmicos", diz o coordenador do Programa Sanar, Alexandre Menezes. Em 2010, foram examinados 63% dos contatos de todos os casos e, em 2014, esse percentual aumentou para 75%.

Saiba mais

A hanseníase é representada por manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, com alteração da sensibilidade térmica, dolorosa e tátil. Os sintomas estão relacionados ao comprometimento do nervo, podendo afetar a força muscular e a marcha (caminhar), além de provocar deformidades físicas.

O Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, área central da capital, é a referência terciária. Se não tratada precocemente, a doença pode causar incapacidades ou deformidades no corpo.