Em busca de terapias mais eficazes e com ação mais imediata, pesquisadores testam novas classes de drogas que têm como mecanismo de ação inibir enzima (Foto: Free Images)
Da Agência Fapesp de Notícias
Situações de estresse prolongado e momentos repetidos de raiva, medo ou ansiedade podem induzir modificações estruturais e funcionais no cérebro que predispõem ao desenvolvimento de doenças como a depressão. Os antidepressivos convencionais são capazes de reverter essas alterações cerebrais, mas levam pelo menos 15 dias para começar a surtir efeito e apenas 60% dos pacientes respondem ao tratamento. Desses, apenas 50% atingem a remissão completa dos sintomas.
Em busca de terapias mais eficazes e com ação mais imediata, pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP), testam, em modelos animais, novas classes de drogas que têm como mecanismo de ação inibir a enzima DNAmetiltransferase (DNMT), cujo papel é catalisar uma reação química conhecida como metilação do DNA (adição de um grupo metil à molécula de DNA).
A metilação do DNA é considerada uma modificação epigenética, ou seja, que altera o funcionamento do genoma sem alterar o código genético em si. Pode ser induzida por diferentes estímulos biológicos e ambientais, entre eles o estresse, promovendo o silenciamento de genes e, consequentemente, a diminuição da expressão de proteínas.
“Experimentos com camundongos mostraram que diferentes classes de drogas inibidoras da enzima DNMT apresentam efeito tipo-antidepressivo agudo. Quando combinamos esses inibidores com antidepressivos convencionais, também de diferentes classes farmacológicas, observamos um efeito sinérgico entre os compostos”, contou Joca em entrevista à Agência FAPESP.
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