Colírios podem causar danos à saúde ocular se não usados corretamente

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 25/07/2015 às 18:00

Imagem de homem colocando colírio no olho (Foto: Divulgação)

Automedicação. Um hábito comum que pode causar efeitos devastadores. Desde a ingestão demasiada de medicamentos para dores em geral até as pomadas para queimaduras. Entre as substâncias consideradas inofensivas e muito usadas para tratar desconfortos oculares é o colírio, principalmente durante as férias, quando aumenta a ida à praia e piscinas. Esses lubrificantes precisam ser utilizados com extrema cautela e a indicação deve partir de um oftalmologista.

Segundo o oftalmologista Lúcio Maranhão, do Hospital de Olhos de Pernambuco (Hope), o uso incorreto do colírio pode causar lesões da superfície ocular. Até em casos de doença, como a conjuntivite, existem vários tipos de lubrificantes, adequado para cada caso: antialérgico; antibiótico; antiinflamatório ou lágrima artificial. "No caso dos colírios indicados para reduzir a vermelhidão, pingar o produto sem o acompanhamento devido só vai mascarar o verdadeiro motivo que causou o problema. Os colírios vascoconstrutores e adstringentes podem provocar o chamado efeito rebote: fecham os vasos sanguíneos, que estavam dilatados. Passado o efeito, eles dilatam-se ainda mais”, explica.

A lágrima artificial ou colírio lubrificante – muito usada por quem passa muito tempo em frente a telas de computador, smartphones e tablets – é a que tem menos efeitos colaterais em comparação com outros, mas mesmo assim, ainda que raro, pode desencadear um quadro de conjuntivite alérgica. "Por isso reforçamos a informação: mesmo um colírio lubrificante precisa ser indicado pelo médico", defende o médico.