Ressonância magnética aprimora diagnóstico da doença de Parkinson, mostra estudo

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 17/07/2015 às 17:30

Ilustração de radiografia da cabeça (Imagem: Free Images) Mapeamento de susceptibilidade magnética, feito por meio da ressonância magnética, é mais sensível e específico para quantificar ferro in vivo de pacientes com doença de Parkinson (Imagem: Free Images)

Da Agência USP de Notícias

Um estudo, resultado do mestrado do físico-médico Jeam Barbosa, no programa de pós-graduação em Física Aplicada à Medicina e à Biologia, da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP), da Universidade de São Paulo (USP), apontou que o mapeamento de susceptibilidade magnética, feito por meio de imagem de ressonância magnética (IRM), é mais sensível e específico para quantificar ferro in vivo em pacientes com doença de Parkinson. Já se sabia que pessoas com a enfermidade apresentam maior concentração de ferro na substância negra, mas a quantificação só era possível por meio de amostragem de tecido cerebral de autópsias.

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O pesquisador utilizou o mapa de susceptibilidade magnética, além de mapas de relaxometria (ferramenta convencional para quantificar ferro por IRM) para avaliar a região da substância negra e outras regiões do cérebro como: globo pálido, putamen, núcleo caudado, tálamo e núcleo rubro. "Com o mapa de susceptibilidade foi possível visualizar uma maior concentração de ferro, no cérebro de um grupo de pacientes com Parkinson quando comparado a um grupo de sujeitos saudáveis. E essa maior concentração estava somente na região da substância negra, a qual é conhecida como a principal região de morte de neurônios dopaminérgicos em pacientes com a doença", explica.

Para Barbosa, no futuro, o diagnóstico de Parkinson poderá ser complementado com essa nova ferramenta e, além da avaliação diagnóstica por imagem convencional, os pacientes parkinsonianos poderão ser beneficiados com novos estudos desta técnica de imagem, que é relativamente nova e se mostrou mais sensível e específica. “Ela também vai possibilitar, em um futuro próximo, avaliar a progressão da doença e possíveis testes terapêuticos em estudos a longo prazo”, comemora.

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