Ansiedade pode causar efeitos negativos na pressão arterial

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 09/07/2015 às 15:10

Imagem de homem triste (Foto: Free Images) Estudo concluiu que, em situações de ansiedade, o cérebro prepara o corpo para a ação, elevando a pressão arterial, frequência cardíaca e respiração (Foto: Free Images)

A ansiedade é um sentimento cada vez mais presente nas nossas vidas, seja causada pelo estresse no trabalho, doenças, má qualidade do sono ou problemas emocionais. O que mais preocupa os especialistas, no entanto, é que em momentos de pressão, essa sensação é potencializada e, em casos específicos, pode trazer sérios danos à saúde.

Uma equipe da Universidade Federal de Minas Gerais, da Universidade Federal de Ouro Preto e da Fundação Mineira de Educação e Cultura, realizaram uma revisão bibliográfica sobre a influência dos fatores emocionais na pressão arterial. No estudo foram apresentados os efeitos da ansiedade, da felicidade e da raiva em pacientes que sofriam de pressão arterial limítrofe - a pressão ligeiramente superior a 140/90 mmHg e menor em alguns momentos.

O grupo concluiu que os três estados emocionais elevam a pressão arterial, encontrando-se forte associação entre a intensidade da ansiedade e a pressão arterial diastólica, aquela que possui o menor valor durante a aferição de pressão arterial. O estudo também aponta que em situações de ansiedade, o cérebro prepara o corpo para a ação como forma de resposta, elevando a pressão arterial, a frequência cardíaca e a respiração, logo, existe uma ligação entre as emoções e o sistema cardiovascular.

Segundo especialistas, quando a ansiedade é leve e passageira, o ideal é realizar ajustes na rotina - como incluir a prática regular de atividades físicas, hábitos alimentares adequados e boas noites de sono. Mas se o sentimento passar a incomodar o cotidiano da pessoa, deve-se ficar atento. "Quando o estado ansioso se torna crescente e contínuo, pode levar a picos de pressão arterial, o que pode ser bastante perigoso para a saúde. Vivemos em uma sociedade extremamente estressada, as exigências de desempenho, a competitividade e as escolhas pessoais e profissionais têm peso enorme e caminham paralelas aos fatores emocionais. Por isso é essencial dar atenção a certos tipos de emoções para evitar que a ansiedade se torne um problema que atrapalhe o cotidiano", alerta o médico Carlos Eduardo Zenni Travassos, gerente médico da unidade MIP Aché.

Nesses casos avançados ou preocupantes, o indicado é buscar ajuda médica e tratamento especializado, mas quando se tratar de quadros de ansiedade menos preocupantes ou iniciais, a recomendação do médico é o uso de remédios fitoterápicos, como os que contêm Passiflora incarnata L., pois são calmantes, sedativos e ansiolíticos, auxiliando na ansiedade, irritação e no estresse.