Anedonia, perda da capacidade de sentir prazer, é um dos principais sintomas da depressão

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 06/07/2015 às 14:30

Imagem de homem triste (Foto: Photl.com) Quem convive com a anedonia, um dos sintomas da depressão, parece estar emocionalmente congelado e tende a se isolar das pessoas (Foto: Photl.com)

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que a depressão será o principal mal do planeta em 2030. A doença, que apresenta vários sintomas, como distúrbios de sono e alteração de peso, destaca-se principalmente pela chamada anedonia, perda da capacidade de sentir prazer ou interesse em realizar a maioria das atividades diárias.

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Quem convive com esse sintoma parece estar emocionalmente congelado, fator que repercute na sociabilidade, o que pode levar o paciente a se isolar. "Os pacientes com anedonia ficam normalmente em uma situação de total indiferença consigo mesmos, não têm apego por nada, nem mesmo pela própria vida e costumam ser resistentes a mudar a sua situação. Essas pessoas parecem não responsivas emocionalmente mesmo em situações extremas envolvendo parentes ou amigos próximos", explica a psicóloga Adriana Fregonese, mestre e doutora em ciências da saúde.

A anedonia tem gradação de intensidade (pode decrescer de situações extremas até outras mais leves). O diagnóstico clínico origina-se do relato e de observações das reações emocionais do paciente ou com a ajuda dos familiares. Segundo a especialista, muitos casos de depressão não são identificados porque o paciente não reconhece que está doente, não distingue os sintomas ou acredita que esse modo de ser é normal.

O tempo de tratamento depende de fatores causais, da adesão do paciente e da gravidade do quadro. Assim, é fundamental a ajuda de profissionais especializados, que encontrarão o melhor recurso terapêutico. "O tratamento depende do diagnóstico médico psiquiátrico e pode envolver medicamentos. Além disso, o tratamento psicológico é complementar ao tratamento farmacológico", finaliza a psicóloga.