Risco de infarto pode aumentar em até 30% no inverno, alerta cardiologista do HCor

Cinthya Leite
Cinthya Leite
Publicado em 30/06/2015 às 11:04

Com a chegada do frio, o cenário se torna ainda mais perigoso para os que sofrem com doenças cardiovasculares, diz especialista (Foto: Free Images) Com a chegada do frio, o cenário se torna ainda mais perigoso para os que sofrem com doenças cardiovasculares, diz especialista (Foto: Free Images)

No inverno, o risco de infarto pode ser até 30% maior do que em outras épocas do ano, especialmente para quem convive com alguma doença cardiovascular. O alerta é do cardiologista Cesar Jardim, responsável pelo Clinic Check-up do Hospital do Coração (HCor), em São Paulo."Um dos principais motivos é a vasoconstrição, que reduz o fluxo sanguíneo ao provocar um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio no organismo", explica o médico.

E mais: ele ressalta que muita gente deixa de praticar exercícios no inverno e passa a comer alimentos mais calóricos pela sensação de bem-estar e aquecimento corporal que eles proporcionam. Contudo, isso não é benéfico à saúde do coração. "O exercício físico aquece o corpo e melhora a disposição. Existem muitos alimentos sem excesso de calorias que também podem proporcionar esse bem-estar", destaca César.

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Ele reforça que o tabagismo, a hipertensão arterial, o sedentarismo, a obesidade e o estresse são fatores de risco para o infarto. "O infarto é mais frequente em homens, especialmente a partir dos 45 anos, mas também tem acometido pessoas mais jovens. E ainda observamos um aumento significativo no sexo feminino”, afirma o cardiologista.

"Dor no peito é um dos principais sintomas e que pode ser irradiado para o braço, normalmente, esquerdo. Há também tontura, náuseas e suor intenso na lista dos sintomas, mas há casos em que o episódio ocorre de forma silenciosa e atípica, principalmente nas pessoas com diabetes, nas mulheres e nos idosos", esclarece o César.

Assim, o médico destaca recomendações importantes. “É imprescindível realizar um check-up cardiológico anualmente, praticar exercícios físicos com orientação de um profissional e ainda consumir alimentos saudáveis, evitar gorduras e sal em excesso", finaliza o cardiologista.